Irmã Sebastiana, de viúva a religiosa graças ao incentivo do filho bispo 3a2o21
Irmã Sebastiana de Lima, mãe do bispo de Dourados (MS), dom Henrique Aparecido de Lima. | Crédito: Diocese de Dourados (MS).
Por Nathália Queiroz
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20 de mai de 2025 às 12:08
O bispo de Dourados (MS), dom Henrique Aparecido de Lima, C.Ss.R., é filho da irmã Sebastiana Onofre Lima que, desde que ficou viúva há mais de 20 anos, é freira. Mãe de nove filhos, ela ficou viúva depois de 36 anos de casamento e, com o apoio do filho, realizou o seu sonho de infância: ser religiosa para servir a Deus e à Igreja.
“Minha vocação é grande coisa de Deus”, disse a irmã Sebastiana à ACI Digital, que se dedica a ajudar mulheres a deixar o vício em drogas e álcool e à adoração perpétua, carisma da congregação das Irmãs da Copiosa Redenção a que pertence.
Desde cedo, Sebastiana sentia o chamado para a vida religiosa, mas as dificuldades financeiras da família e a realidade de viver em uma área rural do Paraná impediram que seguisse sua vocação. O seu destino tomou outro rumo quando seu pai, diante das circunstâncias, lhe arranjou um casamento quando ainda era jovem.
“Já que eu casei”, disse a irmã Sebastiana, “eu sempre falava para Deus que fizesse uma obra na minha vida e na vida dos filhos. Ele teve misericórdia de mim pois quando a gente faz uma promessa para Deus, Ele nunca esquece e ele me honrou com a graça da vocação do meu filho e com a minha”.
“Nossa família é muito feliz com as nossas vocações”, acrescenta.
Nascido em 28 de julho de 1964, dom Henrique é o primogênito. Ele conta que o seu desejo de ser padre começou quando era criança ao ver a mãe sempre rezando e ajudando as pessoas. “Eu via ela sempre rezando e ficava perguntando o que é aquilo e ela me explicava”, disse dom Henrique à ACI Digital.
“Em casa, todas as noites ela sempre rezava o terço e lia a Bíblia com a gente. Aí, dormia todo mundo, e minha mãe continuava rezando”, contou dom Henrique. “Isso foi me cativando, cativando e com cerca de 14 anos tomei a decisão, de fato, de ir para o seminário para fazer experiência”.
A família vivia numa região no interior sem o a boa educação e saúde. Até para participar da Igreja era difícil. Henrique entrou para o seminário do Santíssimo Redentor em Ponta Grossa (PR), onde fez o ensino fundamental, mas teve que sair para trabalhar, ajudar a sua família e juntar o dinheiro necessário para terminar os estudos.
“Fui trabalhar, juntar dinheiro para me sustentar no seminário, e, quatro anos e meio depois, eu retornei para não deixar mais e estou até hoje”, disse dom Henrique que é padre redentorista desde 1999.
Estudou Filosofia na Faculdades Associadas do Ipiranga (SP) e Teologia no Instituto de Teologia de São Paulo (ITESP-SP). Ele foi nomeado bispo de Dourados pelo papa Francisco e recebeu a ordenação episcopal em 30 de janeiro de 2016.
“Eu me sinto muito honrada”, disse irmã Sebastiana. “A família é o berço de Deus” e é dela que “saem os homens, as pessoas que servem pra trabalhar no caminho de Deus”.
Dom Henrique disse que sente o sustento das orações de sua mãe para exercer o seu ministério. “Eu tenho certeza que ela reza muito pela diocese, por mim, pelos trabalhos. Então, com certeza, isso é um apoio muito grande”, disse.
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Sebastiana visita o filho com frequência, chegou a ar até três meses com o filho quando enfrentou uma doença. “As pessoas conhecem ela, isso também faz uma diferença na vida da gente”, disse dom Henrique.
“Muitas vezes, eu brinco: as pessoas acham que o padre, o bispo é filho de chocadeira. Não tem mãe, não tem pai, não tem irmãos. A presença dela mostra que somos seres humanos como qualquer outro”.
Incentivo do filho 5y2j2
“Desde criança, eu ouvia ela dizer: eu não queria me casar, eu queria ser freira”, contou dom Henrique. “Chegou o dia que ela conseguiu. Até meu pai mesmo, quando já estava bem doente antes de morrer disse: ajudem a mãe de vocês a ir para o convento, que é o sonho dela, pois nunca quis se casar. Mas, como esposa, foi muito importante para mim”.
“Minha mãe converteu meu pai”, conta o bispo. “Ele não tinha religião nenhuma, mas ela o ajudou. Meu pai morreu na paz, rezando o rosário e cantando”.
Depois da morte do marido, “a primeira coisa que ela disse para a família foi: vocês estão criados, as coisas que a gente tem não são grandes coisas, eu não quero nada para mim, agora eu vou cuidar da minha vida, vou ser freira”, contou dom Henrique.
Sabendo do desejo da mãe, Henrique conversou com o seu provincial, o padre Wilton Moraes Lopes, CSsR, fundador das Irmãs da Copiosa Redenção. Como a congregação recebe viúvas para fazer experiência, ela fez a experiência da vida religiosa e se adaptou tão bem que logo entrou para a congregação.
“Minha mãe por toda a vida foi senhora, dona de casa, esposa, mãe de muitos filhos, determinada”, disse dom Henrique, acrescentando que chegou a duvidar que ela se adaptaria à rotina de viver no convento com obediência, horários, regras. “Mas, ela se adaptou rapidinho”.
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Para a irmã Sebastiana, dom Henrique foi o seu “promotor vocacional” e grande incentivador nos seus primeiros os na vida religiosa.
“Eu sou feliz como religiosa! Gosto muito do trabalho, da adoração, da recuperação, porque meu desejo sempre foi recuperar vidas, tirar essas pessoas do deserto da vida e levar para uma vida de dignidade”, disse a irmã. “Não somos donos das nossas vidas, depois que a gente se entrega na mão de Deus, Ele sabe onde coloca a gente”.
Irmã Sebastiana junto com as Irmãs da Copiosa Redenção e seu fundador, o padre Wilton Moraes Lopes, CSsR. Crédito: Irmãs da Copiosa Redenção.
Escrevo para a ACI Digital há oito anos e desde 2023 sou correspondente do Brasil para o telejornal EWTN Noticias. Sou certificada em espanhol pelo Instituto Cervantes. Tenho experiência em redação de conteúdo religioso para mídias católicas em português e espanhol e em tradução de sites religiosos. Sou casada, tenho três filhos e sou catequista há mais de 15 anos. Escrevo de Petrópolis (RJ).
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