Por Daniel Payne 4v1b5d
14 de mai de 2024 às 15:32
O padre Joseph Williams, de Chicago, EUA, pediu perdão por abençoar uma união homossexual no mês ado, qualificando-a como uma “decisão muito ruim” que violou as diretrizes da Igreja.
O padre Williams, pároco da paróquia de St. Vincent de Paul, publicou um pedido de desculpas no qual diz que “lamenta a linguagem da bênção, o uso de paramentos e da própria igreja, que ele agora reconhece serem uma violação das normas aprovadas pela Igreja”.
O padre abençoou uma união homossexual na paróquia no mês ado. Num vídeo do evento publicado nas redes sociais, Williams aparece paramentado perguntando a duas mulheres se elas “se comprometem livremente a se amar como cônjuges santos e a viver em paz e harmonia juntas para sempre?"
Depois da resposta “sim” das duas, ele continua: "Deus amoroso, aumente e consagre o amor que Kelly e Myah têm uma pela outra. Os anéis que elas trocaram são o sinal de sua fidelidade e compromisso".
O padre alegou inicialmente que a declaração Fiducia supplicans do Dicastério para a Doutrina da Fé, de dezembro do ano ado, permite o tipo de bênção dada por ele. O documento afirma que os padres católicos podem abençoar uniões homossexuais como expressão de proximidade pastoral, sem tolerar os atos homossexuais e sem fazer com que a bênção pareça um casamento.
O padre disse no comunicado que a forma como ele conduziu a bênção “surgiu devido à minha tentativa de proporcionar-lhes um momento significativo da graça de Deus”.
“Eu queria fazer isso bem. Mais ou menos uma semana depois do fato, vi o vídeo. Percebi imediatamente que tomei uma decisão muito errada nas palavras e imagens capturadas no vídeo”, disse Williams.
Está cada vez mais difícil ver notícias católicas nas redes sociais. Inscreva-se hoje mesmo em nossos canais gratuitos:
O comunicado diz que a controvérsia “tem sido uma valiosa experiência de aprendizagem” para o sacerdote.
“Lamento profundamente qualquer confusão e/ou raiva que isso tenha causado, especialmente para o povo de Deus”, disse Williams.
A declaração foi publicada pela Congregação da Missão, também conhecida como vicentinos, que istra a paróquia no centro de Chicago.
A arquidiocese de Chicago não respondeu a uma pergunta enviada por e-mail na manhã de hoje (14).
Fiducia Supplicans gerou controvérsia global depois de ter sido divulgada em 18 de dezembro do ano ado, com bispos ao redor do mundo declarando o seu apoio a ela ou a intenção de não implementá-la.
A declaração da Santa Sé, que também se aplica aos católicos em nova união civil sem terem recebido uma anulação de seu casamento, assim como aos casais em outras “situações irregulares”, sublinhou que tais bênçãos não podem ser dadas de forma que possa causar qualquer confusão sobre a natureza do casamento.
“A doutrina da Igreja sobre este ponto permanece firme”, disse o dicastério para a Doutrina da Fé quando o documento foi divulgado.
Sua doação mensal ajudará nossa equipe a continuar relatando a verdade, com justiça, integridade e fidelidade a Jesus Cristo e sua Igreja.
O bispo emérito de Canelones, Uruguai, dom Alberto Sanguinetti, disse que com as bênçãos a casais em situação irregular e uniões homossexuais autorizadas pela declaração Fiducia sipplicans, do Dicastério da Doutrina da Fé, “o diabo meteu o rabo”. Em artigo publicado em seu site pessoal, Sanguinetti disse que a declaração em si traz “confusão”.
Nem o padre nem a arquidiocese de Chicago responderam aos pedidos de comentários feitos hoje (3) pela CNA, agência em inglês do grupo EWTN, a que pertence ACI Digital.
Embora a doutrina da Igreja sobre o assunto continue a ser inequívoca, um grande número de católicos relatou um elevado uso de contracepção artificial ao longo dos anos.
