O aborto “continua sendo uma afronta à vida nos seus primórdios” e “não pode ser visto apenas a partir da perspectiva dos direitos das mulheres”, disse a Conferência dos Bispos da França depois que o Senado do país aprovou na quarta-feira (28), com 267 votos a favor e 50 contra, a inclusão do aborto como “liberdade garantida” na constituição. Com essa aprovação a França se torna o primeiro país do mundo a adotar esta medida contra a vida do nascituro.

Esta reforma constitucional, também aprovada pela Assembleia Nacional (deputados) há quase um mês, deve receber votação final na segunda-feira (4), no Palácio do Congresso de Versalhes, no sul de Paris. Segundo a agência 24, seria uma votação “simbólica”, porque o texto já ou pelo filtro das duas câmaras.

“Comprometi-me a tornar irreversível a liberdade das mulheres de abortar, consagrando-a na Constituição. Depois da Assembleia Nacional, o Senado deu um o decisivo, que celebro. Para a votação final, convocarei o Parlamento no Congresso em 4 de março”, disse o presidente francês, Emmanuel Macron, na sua conta X (antigo Twitter).