“Hoje, trazendo meu testemunho, tendo essa graça que Deus me deu de reparar um pouco os meus pecados perante a Igreja, eu tenho que falar que não vale a pena. Eu fiz todos esses abortos, mas existe a cicatriz, existe a ferida”, disse a dona de casa Agenora Maria Lima de Oliveira durante um ato pró-vida que aconteceu na quarta-feira (4), na catedral de Juiz de Fora (MG).

O evento intitulado “Desperta para a vida Juiz de Fora” reuniu centenas de fiéis e faz parte da programação da Semana Nacional da Vida da arquidiocese mineira. O objetivo foi chamar a atenção contra o julgamento no Superior Tribunal Federal (STF) da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 442, que pretende descriminalizar o aborto até a 12ª semana de gestação no Brasil.

A ADPF 442 foi impetrada no STF pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) em março de 2017. O julgamento começou no dia 22 de setembro e iria até o dia 29, no plenário virtual. Mas, logo após o voto favorável da ex-presidente do STF e relatora da ação, Rosa Weber, foi suspenso a pedido do ministro Luís Roberto Barroso, atual presidente do Supremo. Até o momento o julgamento não foi remarcado, mas quando retornar acontecerá no plenário físico do STF.