Por Walter Sánchez Silva
s2w9
MANÁGUA, 22 de set de 2022 às 08:57
A polícia da Nicarágua cercou na madrugada de ontem (21) a paróquia de são Jerônimo, em Masaya, para impedir a procissão do santo padroeiro, são Jerônimo.
Masaya, chamada "Cidade das Flores", já foi alvo da perseguição á Igreja antes. Em 2018, grupos paramilitares ligados ao presidente Daniel Ortega, ex guerrilheiro de esquerda que soma 29 anos no poder da Nicarágua, atacaram a população e em 2019 um grupo de mães e o padre Edwing Román entraram em greve de fome para protestar contra o ataque da polícia de Ortega contra a Igreja e a população local.
Embora a procissão não tenha acontecido, os fiéis celebraram são Jerônimo ao amanhecer e com a missa da descida da imagem de são Jerônimo à tarde.
O jornal nicaraguense La Prensa informou que, para impedir a procissão, a polícia não apenas cercou a igreja, mas também fechou várias estradas de o a Masaya.
Protesto contra a censura na paróquia são Miguel Arcanjo
Na segunda-feira (19), uma multidão de católicos protestou contra a proibição da procissão de são Miguel Arcanjo na cidade de Masaya pelo governo da Nicarágua.
Na missa de descida da imagem de são Miguel Arcanjo celebrada na segunda-feira (19) em Masaya, a multidão de católicos vaiou Juan Antonio Valle Valle, delegado da polícia local.
Receba as principais de ACI Digital por WhatsApp e Telegram y3i42
Está cada vez mais difícil ver notícias católicas nas redes sociais. Inscreva-se hoje mesmo em nossos canais gratuitos:
O delegado entrou na igreja porque a ditadura nicaraguense proibiu as procissões de são Miguel Arcanjo e são Jerônimo em Masaya, alegando "razões de segurança pública", segundo um comunicado da arquidiocese de Manágua publicado no sábado (17).
Em agosto, a procissão de Nossa Senhora de Fátima por ocasião do congresso mariano "Maria Mãe da Esperança" também foi proibida.
O padre Román, que está exilado, escreveu ontem (20) um tuíte dizendo que “é um absurdo que a ditadura veja as celebrações religiosas de outrora aos santos padroeiros de Masaya como uma ameaça”.
“Aqui não se trata de medir forças, trata-se de permitir que os católicos celebrem, e que a polícia, em vez de uma atitude agressiva, garanta a segurança”, acrescentou o padre.
Confira também:
Mais em 4h2f4e
Bispo dos EUA cogita proibir latim, mesa da comunhão e velas no altar
48520
Ler o artigo
Walter Sánchez Silva é jornalista na ACI Prensa, agência em espanhol do grupo ACI, com mais de 15 anos de experiência cobrindo eventos da Igreja na Europa, América e Ásia.