Papa indica cinco os rumos à santidade para as famílias 425f3u

Depois, ao se dirigir “aos casais e às famílias que nos escutam no mundo” enviou uma mensagem de “proximidade precisamente ali onde se encontram, em sua condição de vida concreta.”

“A palavra de alento é acima de tudo esta: partir de sua situação real e, a partir dali, tentar caminhar juntos, juntos como casal, juntos em sua família, juntos com as demais famílias, juntos com a Igreja.”

O papa falou da “parábola do bom samaritano, que encontra um homem ferido no caminho, aproxima-se dele, se encarrega dele e o ajuda a retomar a viagem” para sublinhar que gostaria eu a Igreja fosse como “um bom samaritano que aproxima e ajuda a prosseguir o caminho e dar um o a mais, ainda que seja pequeno.”

Em seguida, o papa indicou cinco “os a mais” a serem dados juntos, retomando os testemunhos que ouviram.

 

1. “Mais um o” rumo ao casamento.

 

Recordando que “quando um homem e uma mulher se apaixonam, Deus lhes oferece um dom: o matrimônio”, o Santo Padre disse que o matrimônio é “um dom maravilhoso, que tem em si o poder do amor divino: forte, duradouro, fiel, capaz de se recuperar após cada falha ou fragilidade”.

“O casamento não é uma formalidade a ser cumprida. Não se casa para ser católico 'com o rótulo', para obedecer a uma regra, ou porque a Igreja assim o diz; a pessoa se casa porque quer fundar o casamento no amor de Cristo, que é sólido como uma rocha. No casamento, Cristo se dá a você, para que você tenha a força de se dar um ao outro”, disse. “Coragem, pois, a vida familiar não é uma missão impossível! Com a graça do Sacramento, Deus faz um caminho maravilhoso para empreender com Ele, nunca sozinho”.

 

2. “Mais um o” para abraçar a cruz.

 

Em seguida, o Santo Padre disse que a cruz "faz parte da vida de cada pessoa e de cada família" e recordou o testemunho da doença e morte de Chiara Corbella para enfatizar que "ver como ela viveu a provação da doença ajudou sua família a levantar os olhos e não permanecer prisioneiros da dor, mas abrir-se a algo maior: aos misteriosos desígnios de Deus, à eternidade, ao céu”. A serva de Deus Chiara Corbella foi uma mãe de família italiana que morreu de câncer aos 28 anos.

 

3. “Mais um o” para o perdão.

 

“O perdão cura todas as feridas, é um dom que brota da graça com que Cristo enche o casal e toda a família quando o deixamos agir, quando nos voltamos para ele”, sublinhou o Papa Francisco.

A este respeito, o Santo Padre disse que o importante é não esquecer que ninguém é perfeito e que, apesar dos erros, "o Senhor nos ressuscita, que somos todos pecadores perdoados, que devemos pedir perdão aos outros e também que devemos perdoar a nós mesmos”.

 

4. “Mais um o” para a recepção

 

O papa Francisco sublinhou como o acolhimento é uma “bênção do céu” e agradeceu às famílias, “especialmente as grandes”, porque “pensa-se que numa casa onde já são muitas é mais difícil acolher outras; porém, na realidade não é assim, porque as famílias com muitos filhos são treinadas para dar lugar a outros”.

"Na família há uma dinâmica de acolhimento, porque sobretudo os esposos se acolheram, como se diziam no dia do casamento: 'Recebo-te'. E então, trazendo crianças ao mundo, acolheram a vida de novas criaturas”.

 

5. “Mais um o” rumo à fraternidade

 

O Papa disse que a fraternidade “é uma escola que se aprende na família” porque “vivendo junto com alguém que é diferente de mim, na família se aprende a ser irmãos e irmãs. Aprende-se a superar divisões, preconceitos, fechamentos e a construir juntos algo grande e belo, partindo do que nos une”.

“Queridos amigos, cada uma de suas famílias tem uma missão a cumprir no mundo, um testemunho a dar. Os batizados, em particular, são chamados a ser uma mensagem que o Espírito Santo tira da riqueza de Jesus Cristo e dá ao seu povo”, concluiu o Papa.

Confira também:

 

Anunciam abertura da causa de beatificação de mãe coragem Chiara Corbella https://t.co/yTQc7x0iup

— ACI Digital (@acidigital) September 12, 2018