O cardeal Eugène Tisserant foi nomeado "Justo entre as Nações" pelo Centro Yad Vashem de Memória do Holocausto, em Jerusalém. O título homenageia quem, não sendo judeu, ajuda os judeus. O cardeal foi blibliotecário e arquivista da Santa Sé e decano do Colégio dos Cardeais por mais de 20 anos falava dez línguas, aconselhou vários papas, e ocupou posições-chave no Vaticano.

O Yad Vashem destacou o papel do cardeal Tisserant na ajuda a Miron Lerner, filho de imigrantes judeus em Paris em 1927, que ficou órfão em 1937 com a sua irmã Rivka.

Em 1941, os irmãos foram para a Itália com outros refugiados judeus. Lerner encontrou ajuda do padre Pierre-Marie Benoît e outros que faziam parte da Delasem, a Delegação para a Assistência aos Imigrantes Judeus, composta por italianos que salvavam judeus da perseguição nazista. O padre e os seus colaboradores trabalharam a partir do mosteiro franciscano dos Capuchinhos na Via Sicilia em Roma. Crê-se que o padre Benoît ajudou a salvar cerca de 4 mil judeus e foi homenageado pelo Yad Vashem em 1966.