MANÁGUA, 30 de jul de 2018 às 09:56
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As ruas de Manágua, capital da Nicarágua, reuniram na manhã do dia 28 de julho milhares de manifestantes que expressaram seu apoio aos bispos e sacerdotes do país, depois de diversos ataques de paramilitares aliados ao governo e de ser qualificados como “golpistas” pelo presidente Daniel Ortega.
A marcha, da qual a Conferência Episcopal da Nicarágua não participou, teve como lema "Peregrinação pelos nossos bispos, defensores da verdade e da justiça", e foi organizada pelo movimento Grito pela Nicarágua e Aliança Cívica pela Justiça e pela Democracia.
A manifestação ocorreu em meio à indignação devido às diversas profanações das igrejas, dos ataques de paramilitares ligados ao regime, entre eles um atentado contra um bispo da Nicarágua e vários insultos.
Recentemente, Ortega, em meio à mais grave crise sociopolítica dos seus 11 anos como presidente da Nicarágua, acusou os bispos de "fazer parte do plano com os golpistas", depois que lhe propam adiantar as eleições.
Desde abril e há mais de 100 dias ocorreram protestos na Nicarágua em rechaço ao regime de Ortega. A repressão violenta da polícia e dos grupos paramilitares provocou mais de 450 mortes.
Na manifestação multitudinária, que terminou na Catedral de Manágua, os participantes carregaram cartazes com frases como: "Obrigado bispos corajosos por estarem com seu povo" e "bispos heróis da paz".
Também proclamaram frases como "quem causa tanta alegria? A concepção de Maria" e "Bispo, amigo, o povo está contigo!".
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Durante a manifestação também estiveram presentes membros de outras denominações cristãs e mórmons.
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Em declarações recolhidas pelo jornal ‘El País’, Elma Amador, mórmon, assegurou que Daniel Ortega "sabe que está mentindo, sabe que os bispos não são golpistas".
"Ele tem medo de que o povo levante, acorde, por isso ele acusa sem nenhum fundamento", assinalou.
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Na Catedral da capital da Nicarágua, Mons. Carlos Aviles, vigário geral da Arquidiocese de Manágua, disse aos manifestantes que “a Igreja Católica, embora tenha sido maltratada, embora a critiquem, sempre terá uma opção pela justiça e pelo diálogo”.
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