Por Kate Quiñones
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3 de jun de 2025 às 13:31
Todos os domingos à tarde, desde 7 de outubro de 2023, um grupo pacífico se reúne para uma caminhada de vigília no centro de Boulder, no Estado do Colorado, EUA, para lembrar os reféns israelenses mantidos pelo grupo terrorista islâmico Hamas.
No último domingo (1), enquanto marchavam por lojas e restaurantes locais no Pearl Street Mall, um shopping ao ar livre, na cidade, oito participantes foram atacados com coquetéis molotov, no que o Federal Bureau of Investigation (FBI) está investigando como um ato de terrorismo.
Depois do ataque do último domingo, o arcebispo de Denver, Samuel Aquila, pediu o fim da violência antijudaica e pediu aos fiéis que se unissem em oração pelas vítimas.
“Estou profundamente triste esta noite ao saber do ataque em Boulder, especialmente porque parece que nossos irmãos e irmãs judeus foram alvos”, disse Aquila no último domingo.
O suspeito do ataque em Boulder, identificado como Mohamed Sabry Soliman, de 45 anos de idade, usou um lança-chamas improvisado e jogou bombas caseiras incendiárias, os coquetéis molotov, na multidão gritando "Palestina Livre" no ataque, segundo autoridades.
Quatro mulheres e quatro homens com idades entre 52 e 88 anos foram levados ao hospital com queimaduras e outros ferimentos depois do ataque.
“Esse tipo de violência precisa acabar, pois só alimenta o ódio”, disse Aquila.
O FBI disse que Soliman confessou o ataque. Ele o teria planejado por um ano e queria "matar todos os sionistas e desejava que todos estivessem mortos".
Depois de ser detido, Soliman teria dito à polícia que faria isso novamente.
Além dos dois coquetéis molotov que Soliman jogou na multidão, os investigadores encontraram cerca de uma dúzia de coquetéis molotov apagados, e um pulverizador de ervas daninhas cheio de gasolina, segundo o depoimento do FBI.
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Cidadão egípcio, Soliman entrou no país com um visto B2 em agosto de 2022 e pediu asilo no mês seguinte. Ele permaneceu no país mesmo com seu visto expirando em fevereiro de 2023, segundo Tricia McLaughlin, secretária-assistente do Departamento de Segurança Interna dos EUA.
Kash Patel, diretor do FBI, descreveu o ocorrido como um "ataque terrorista direcionado" e disse que a agência federal está "investigando completamente" o ocorrido como tal.
O presidente dos EUA, Donald Trump, disse em publicação na rede Truth Social que vai processar o agressor “com todo o rigor da lei”.
“Meu coração está com as vítimas dessa terrível tragédia e com o grande povo de Boulder, Colorado!”, disse também Trump.
Aaron Brockett, prefeito de Boulder, condenou o ataque, dizendo que a cidade "permanecerá forte unida".
“Saibam que a comunidade judaica tem meu total apoio e o apoio de toda a comunidade de Boulder”, disse Brockett.
“Juntem-se a mim em oração por todos os afetados por esse terrível ataque. Pedimos ao Senhor que traga conforto, cura e paz diante de tanto ódio”, disse o arcebispo de Denver.
“Que possamos ouvir a voz de Deus, que nos chama a amar-nos uns aos outro”, concluiu o arcebispo Aquila.
Kate Quiñones é redatora da Catholic News Agency e membro do site de notícias The College Fix. Ela já escreveu para o Wall Street Journal, para o Denver Catholic e para o CatholicVote, e se formou pelo Hillsdale College. Ela mora com o marido no Colorado, nos EUA.