MANÁGUA, 16 de jul de 2018 às 15:00
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A Arquidiocese de Manágua (Nicarágua) denunciou que paramilitares e policiais atacaram durante a madrugada de sábado a paróquia da Divina Misericórdia, onde estavam refugiados vários estudantes, provocando a morte de um jovem e deixando vários feridos.
Através de sua conta no Facebook, a Arquidiocese denunciou à noite o ataque dos paramilitares na paróquia e exigiu que se retirassem do local.
Segundo a mídia, refugiaram-se na paróquia dezenas de estudantes que na sexta-feira estavam escondidos na Universidade Nacional Autônoma da Nicarágua (UNAN), de onde foram violentamente expulsos pelos paramilitares e pela polícia.
Entretanto, pela manhã, a Arquidiocese indicou que a paróquia continuava sendo fortemente atacada e que o jovem Gerald Vázquez morreu depois de ser baleado na cabeça.
O Cardeal Leopoldo Brenes "pede ao governo, único responsável por estas ações, que detenha este massacre contra as pessoas da paróquia. Unamo-nos em oração", expressou a Arquidiocese.
Como a agressão não cessou, o Purpurado foi à paróquia acompanhado pelo Núncio Apostólico, Dom Waldemar Sommertag, e representantes das organizações internacionais.
"O Cardeal Leopoldo José Brenes e o Núncio Apostólico já estão na paróquia da Divina Misericórdia e conseguiram deixar as ambulâncias entrarem para levar os feridos. Continuam mediando para tirar todos os estudante. Sigamos rezando pela paz na Nicarágua, pelos bispos e sacerdotes que realizam sua missão profética", indicou.
Os ataques contra a UNAN e depois contra a paróquia ocorreram durante um dia de paralisação trabalhista de oposição.
As fotos divulgadas pela Arquidiocese de Manágua, com marca dos disparos contra as paredes e janelas da paróquia, mostram a violência da polícia e dos paramilitares.
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"É urgente que parem imediatamente de realizar os ataques que acontecem neste momento em Monimbó, Masaya, contra estudantes da UNAN e da Igreja", escreveu no Twitter o Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas.
Por sua parte, o Secretário Geral da OEA, Luis Almagro, solicitou às autoridades que permitissem que especialistas da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) ingressassem na universidade.
O Bispo auxiliar de Manágua, Dom Silvio Báez, informou que os jovens "que aram a noite sob o ataque na paróquia Divina Misericórdia serão levados à Catedral através da mediação do Núncio, do Cardeal Brenes e da Comissão de Verificação e Segurança. Deus os ajude!".
Em sua conta no Twitter, denunciou que o governo da Nicarágua "ultraa o limite do desumano e do imoral". Indicou que a "repressão criminal desde sexta-feira à noite contra civis, principalmente estudantes, é condenável sob todos os pontos de vista. A comunidade internacional não pode ser indiferente!”.
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