31 de maio de 2025 Doar
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Assim o Papa Francisco combate a tentação do narcisismo 4v3n5t

Papa Francisco durante a videoconferência. | Captura Youtube

O Papa Francisco reconheceu que procura não se olhar no espelho como forma de lutar contra atitudes narcisistas e de autorreferencialidade.

Perguntado sobre qual imagem tem de si mesmo pelos alunos da Universidade jesuíta de Tóquio, a "Sophia University", através de uma videoconferência, o Santo Padre assinalou que "devemos permanecer atentos quando nos avaliamos".

"Com o problema da imagem, sempre há uma confusão: pensemos no espelho. Quando penteamos o cabelo e nos olhamos no espelho, vemos uma imagem. Mas quando o espelho entra na tua vida, provoca uma atitude quase totalmente narcisista e de autorreferencialidade", advertiu.

Para Francisco, "o espelho sempre engana. A imagem que tenho de mim mesmo... Tento não me olhar no espelho. Procuro olhar para dentro de mim, no que senti durante o dia e nesse momento julgar-me".

Mais especificamente, explicou que, "em uma imagem geral, acho que sou um pecador que Deus amou muito e que continua amando, mas eu contemplo todos os dias a minha imagem plástica concreta, examinando o meu comportamento, as decisões que tomo e os erros que cometo. Uma imagem que muda, assim como a vida muda".

Em seguida, perguntou sobre o meio ambiente, o Santo Padre assinalou que "hoje a humanidade precisa enfrentar uma escolha imprescindível: leva a sério a proteção do meio ambiente ou chegaremos ao limite da destruição da humanidade".

"Há um mês, os Chefes de Estado da Oceania e da Polinésia me visitam e me contaram o drama de algumas ilhas pequenas que, em 20 anos, desapareceram devido ao aquecimento global", lamentou.

Além disso, "há dois meses fiquei impressionado com a imagem de um grande navio da China que navegava no Polo Norte. O que significa isto? Que tinham quebrado o gelo, ou que o gelo derrete devido ao aquecimento global".

Diante dessa situação, "devemos ser responsáveis ??e cuidar do nosso planeta. Com frequência realizam muitas atividades que destroem a Terra. Pensemos na Amazônia, do desmatamento, porque a Amazônia é o oxigênio da humanidade".

Além disso, referiu-se à poluição dos oceanos. "Hoje, os mares triplicaram o nível de tolerância máxima de plásticos".

O Pontífice criticou as atividades que "só buscam o interesse econômico. Não podemos pensar somente no dinheiro. O dinheiro foi colocado no centro dos interesses, e pelo dinheiro se sacrifica tudo", criticou. Colocar o dinheiro no centro de tudo "provoca as guerras".

Por isso, exortou a olhar para a encíclica Laudato Si, que "não é apenas uma encíclica ecológica, mas uma encíclica social, porque podemos ver como o desequilíbrio ecológico também causa uma desigualdade social".

Os alunos também perguntaram ao Pontífice sobre os refugiados. "O problema dos refugiados é tão grande quanto à história: o ser humano é um migrante. O problema migratório na Europa é a maior tragédia desde a Segunda Guerra Mundial".

"Um migrante não pode ser enviado de volta – afirmou o Papa –, é um ser humano que foge da guerra ou da fome. O migrante deve ser integrado, colocá-lo em um gueto não é integrá-lo. É necessário receber a pessoa, ajudá-la e colocá-la na sociedade".

Por outro lado, "é óbvio que cada país deve avaliar quantos migrantes pode acolher. Neste sentido, iro a Suécia, e também devo homenagear países como a Itália e a Grécia, que ajudam todas as pessoas que chegam".

O Papa insistiu na necessidade da integração. "Pela falta de integração, ocorrem problemas contra a paz. São grupos terroristas, minorias. Para a integração, é necessário crescer como ser humano. O migrante deve respeitar a sociedade que o acolhe. A migração é um diálogo".

Na última pergunta dos alunos japoneses, o Santo Padre explicou a sua visão do Japão: "Os japoneses são um povo com ideais, com capacidade de uma religiosidade profunda, um povo trabalhador. Um povo que sofreu muito".

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"O Japão vive um consumismo exagerado, mas pode ser combatido com a capacidade que vocês têm e com seus ideais. É um grande país, iro muito vocês. Gostaria de fazer-lhes uma visita, mas não sei se poderei, pois tenho muito trabalho. Preocupem-se em preservar a cultura milenar que vocês herdaram", pediu.

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