Por Tyler Arnold
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30 de mai de 2025 às 12:58
O governo dos EUA investiga hospitais que istraram drogas e fizeram cirurgias para “redesignação sexual” em menores de idade.
Mehmet Oz, diretor dos Centros de Serviços Medicare e Medicaid, enviou uma carta esta semana a hospitais selecionados perguntando se e como os hospitais mudaram seus protocolos e procedimentos em resposta às novas regras e diretrizes do presidente Donald Trump e pelo Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA (HHS, na sigla em inglês) que proibiram “redesignação sexual” de menores.
“Redesignação sexual” é o nome do conjunto de procedimentos médicos usados para pessoas que se identificam com o sexo oposto. Pode incluir a istração de hormônios que alteram características sexuais secundárias, como quantidade de pelos no corpo e tom de voz, e cirurgias cosméticas para imitar os órgãos sexuais do sexo com que a pessoa a a se identificar.
Trump decretou em 29 de janeiro que o HHS encerrasse os reembolsos do Medicare e do Medicaid para intervenções de “redesignação sexual” em menores de idade.
O CMS deu aos hospitais 30 dias para responder à carta.
Na carta, Oz perguntou aos hospitais quais "mudanças nas diretrizes e protocolos de prática clínica" estão sendo postas em prática em resposta ao relatório do HHS.
A carta também pediu que os hospitais relatassem “quaisquer eventos adversos relacionados a esses procedimentos”, especialmente sobre “crianças que posteriormente buscam reverter a transição”. A carta disse que o CMS deve “garantir padrões básicos de qualidade” nas instituições que participam do Medicare e do Medicaid.
Algumas das intervenções médicas sobre as quais o CMS está preocupado são cirurgias que removem órgãos sexuais ou "tentam transformar a aparência física de um indivíduo para alinhá-la com uma identidade que difere de seu sexo", e prescrições de hormônios e medicamentos de redesignação sexual que "retardam o início ou a progressão da puberdade num período normal".
“São procedimentos irreversíveis e de alto risco feitos em crianças vulneráveis, muitas vezes à custa dos pagadores de impostos”, disse Oz. “Os hospitais que aceitam verbas federais devem atender a rigorosos padrões de qualidade e manter o mais alto nível de gestão quando se trata de recursos públicos — não faremos vista grossa a procedimentos que carecem de base sólida de evidências e podem causar danos permanentes”.
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O CMS também pediu informações sobre dados financeiros relacionados a tais intervenções, como contas de medicamentos de “redesignação sexual” e cirurgias para menores de idade que foram financiadas com dinheiro de impostos federais e documentos mostrando a receita gerada pelos procedimentos e suas margens de lucro.
Mary Rice Hasson, diretora do Projeto Pessoa e Identidade do Centro de Ética e Políticas Públicas, disse à CNA, agência em inglês da EWTN, que o CMS está essencialmente tentando descobrir: "Quais intervenções médicas foram feitas em crianças confusas, quanto dinheiro estão ganhando com isso e como estão essas crianças?"
Hasson disse que "a indústria do gênero" alegou falsamente seguir "medicina baseada em evidências" ao fazer essas intervenções e "minimizou as preocupações de que esses hormônios e cirurgias prejudicam a fertilidade e causam esterilidade, às vezes antes que essas crianças tenham idade suficiente para comprar álcool".
“Várias revisões de evidências substantivas, além da recente revisão abrangente de evidências do HHS, descobriram o oposto — que há muito pouca evidência de benefício, a maioria das evidências é de baixa qualidade e as crianças sofrem danos permanentes, como infertilidade/esterilização, riscos cardiovasculares, ossos enfraquecidos e prováveis alterações no cérebro”, disse ela.
Hasson disse ser cética quanto à capacidade de muitos hospitais de cumprir integralmente a lei, dizendo que eles "fizeram um péssimo trabalho acompanhando o desenvolvimento das crianças" e que os protocolos de consentimento informado "exageram os supostos benefícios e minimizam os danos". Ela disse também que os hospitais provavelmente "não querem revelar quanto dinheiro estão ganhando, porque isso expõe seus motivos mercenários".
“É provável que esses hospitais recrutem grupos de advogados caros para ajudá-los a evitar serem responsabilizados, mas não acho que o atual governo vá recuar”, disse também Hasson.
Tyler Arnold é repórter do National Catholic . Já trabalhou no site de notícias The Center Square e suas matérias foram publicadas em vários veículos, incluindo The Associated Press, National Review, The American Conservative e The Federalist.