Por Nathália Queiroz
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26 de mai de 2025 às 12:03
A reunião ordinária dos bispos e cardeais para começar a etapa de análise e discussão sobre a vida, virtudes heroicas e fama de santidade do servo de Deus Diácono João Luiz Pozzobon está prevista para 17 de junho. Ao final dessa fase, caso o parecer seja favorável, o processo poderá ser levado ao papa Leão XIV.
“Trata-se do início de uma nova fase, muito importante para a causa, seguindo os critérios e tempos da Igreja, que conduz o processo com prudência e discernimento”, diz o vice-postulador da causa de beatificação, padre Vitor Hugo Possetti (ISch).
Em março ado, a comissão teológica do dicastério das Causas dos Santos da Santa Sé deu parecer positivo aos documentos sobre a vida, as virtudes heroicas e a fama de santidade do diácono brasileiro.
“Recebemos com grande alegria e esperança o parecer positivo da Comissão Teológica da Santa Sé sobre a trajetória e o impacto de João Luiz Pozzobon”, diz o arcebispo de Santa Maria, dom Leomar Brustolin. “Agora, aguardamos com fé a deliberação dos cardeais e bispos do Dicastério para a Causa dos Santos, que definirá os próximos os do processo”.
O diácono João Luiz Pozzobon nasceu em 12 de dezembro de 1904, em Ribeirão (RS). Participava de um grupo de homens, no início do Movimento Apostólico de Schoenstatt, em Santa Maria (RS).
Em 10 de setembro de 1950, recebeu no santuário em Santa Maria a imagem da Mãe, Rainha e Vencedora Três Vezes irável de Schoenstatt, para com ela visitar as famílias. Tratava-se de uma iniciativa da família de Schoenstatt em preparação para a proclamação do dogma da Assunção de Nossa Senhora, em 1º de novembro daquele ano. Mas, mesmo depois que acabou esse projeto, Pozzobon pediu para continuar peregrinando com a imagem.
João Pozzobon exerceu o seu apostolado de levar a Mãe Peregrina às famílias todos os dias, por 35 anos, até a sua morte em 27 de junho de 1985. Ele percorreu com a imagem 140 mil km. Atualmente, a Campanha da Mãe Peregrina está presente em vários países.
Pozzobon também visitou escolas, hospitais, presídios. Era atento às necessidades materiais e, sobretudo, espirituais das pessoas.
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Foi ordenado diácono permanente em 30 de dezembro de 1972 e pode vir a se tornar o primeiro beato diácono permanente, depois que esse tipo de diaconato foi restabelecido pelo Concílio Vaticano II.
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A fase diocesana do processo de beatificação do diácono João Luiz Pozzobon foi aberta em 1994 e a fase romana, em 2009. Em 4 de março, a causa recebeu o parecer positivo da comissão teológica do dicastério das Causas dos Santos.
Se receber novo parecer favorável dos bispos e cardeais, a causa será apresentada ao papa Leão XIV, que pode autorizar a publicação do decreto reconhecendo as virtudes heroicas de Pozzobon, que se torna venerável.
Paralelamente, já está no dicastério para a Causa dos Santos o processo de um possível milagre ocorrido pela intercessão de Pozzobon. O processo foi aberto em fevereiro e está em etapa prévia à análise dos peritos.
“Essa reunião não é a etapa final da causa”, explica o vice-postulador. “Pode levar um tempo até que se realizem todos os estudos, sem previsão de um prazo para essa fase”.
“Por isso mesmo, com muita alegria e serenidade, convidamos a todos que nos unamos em oração para que o Espirito Santo conduza e ilumine o trabalho dos membros do Dicastério nessa nova etapa”, conclui o padre Vitor Hugo Possetti.
Escrevo para a ACI Digital há oito anos e desde 2023 sou correspondente do Brasil para o telejornal EWTN Noticias. Sou certificada em espanhol pelo Instituto Cervantes. Tenho experiência em redação de conteúdo religioso para mídias católicas em português e espanhol e em tradução de sites religiosos. Sou casada, tenho três filhos e sou catequista há mais de 15 anos. Escrevo de Petrópolis (RJ).
