Papa Francisco diz no Ângelus que sente o “dedo de Deus” e experimenta “a sua carícia cuidadosa" 5c4x2y

Ele chegou em uma cadeira de rodas e usando cânulas nasais através das quais recebe oxigênio que o ajuda a respirar.

O papa Francisco, na sua mensagem para o ângelus dominical, comentou o Evangelho do V Domingo da Quaresma, que tem como tema a mulher adúltera, e destacou a misericórdia de Jesus, que “devolve a essa mulher a beleza perdida”.

Diante do julgamento dos escribas e fariseus, o Senhor não condena, “a o dedo sobre esse pó e escreve para ela uma nova história".

O papa Francisco confessou sentir-se pessoalmente tocado por este mesmo “dedo de Deus” neste tempo de fragilidade.

No âmbito do Jubileu dos Enfermos e do mundo da saúde, que a Igreja celebrou este fim de semana no contexto do Ano Santo da Esperança, pediu orações por todos os que sofrem e por aqueles que cuidam deles: "Médicos, enfermeiros e profissionais da saúde, que nem sempre são ajudados a trabalhar em condições adequadas e, às vezes, são até vítimas de agressão”.

“Sua missão não é fácil e deve ser apoiada e respeitada”, afirmou.

O papa também pediu que “sejam investidos em tratamento e pesquisa, para que os sistemas de saúde sejam inclusivos e atentos aos mais frágeis e aos mais pobres”.

Ainda em sua mensagem, agradeceu às detentas da prisão feminina de Rebibbia pelo bilhete que lhe enviaram. "Oro por elas e por suas famílias", disse.

Por ocasião do Dia mundial do esporte para a paz e o desenvolvimento, ele também expressou o seu desejo de que o "esporte seja um sinal de esperança para tantas pessoas que precisam de paz e inclusão social", e agradeceu as "associações esportivas que educam concretamente para a fraternidade

O papa Francisco, como é costume nas suas mensagens, aproveitou o Ângelus para fazer um apelo à paz.

Pediu orações pelos povos atingidos pela guerra e pela violência: desde a “atormentada Ucrânia, atingida por ataques que causam muitas vítimas civis,”, até Gaza, onde “as pessoas são reduzidas a viver em condições inimagináveis, sem abrigo, sem comida, sem água potável”.

Ele também mencionou a difícil situação no Oriente Médio, no Sudão, no Sudão do Sul, na República Democrática do Congo, em Mianmar, atingida pelo terremoto, e no Haiti, onde duas freiras foram assassinadas recentemente.

“Que as armas sejam silenciadas e o diálogo seja retomado”, exclamou o papa Francisco, que concluiu a sua mensagem com uma invocação à Nossa Senhora.