Cuidem também de si mesmos, pede o papa Francisco a padres e religiosos 6w36s
Papa Francisco antes de sua chegada ao encontro com padres e religiosos em Córsega | Daniel Ibáñez | EWTN News
Por Almudena Martínez-Bordiú
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15 de dez de 2024 às 10:43
No encontro com padres, religiosos, consagrados e seminaristas, o segundo evento da sua breve visita à Córsega, o papa Francisco disse que é essencial “que cuidem também de si mesmos” para poder cuidar dos outros.
Antes da sua chegada à catedral de Santa Maria Assunta, o papa Francisco abençoou as pessoas que o saudaram no trajeto.
Papa Francisco rezou por um instante diante da “Madunnuccia”, padroeira de Córsega. Daniel Ibáñez / EWTN News
Papa Francisco no trajeto para a catedral de Santa Maria Assunta. Daniel Ibáñez / EWTN News
A pobreza é uma bênção 1s4q4e
Depois de agradecer a “vida doada”, o trabalho e o empenho, bem como o testemunho dos sacerdotes e religiosos, o papa disse que a graça de Deus “é o fundamento da fé cristã e de toda a forma de consagração na Igreja”.
Francisco se referiu aos “problemas e desafios relacionados com a transmissão da fé” presentes no contexto europeu.
“E todos os dias vocês lidam com isso, descobrindo-os pequenos e frágeis: vocês não são muito numerosos nem dispõem de meios poderosos, e os ambientes em que trabalham nem sempre se revelam favoráveis ao acolhimento do anúncio do Evangelho”, disse aos religiosos.
Segundo Francisco, “esta pobreza é uma bênção” que ensina que a missão cristã “não depende das forças humanas, mas sobretudo da ação do Senhor, que trabalha e age sempre com o pouco que lhe podemos oferecer”.
O papa os encorajou a colocar Deus no centro, e não eles próprios. “Isto é algo que talvez de manhã, ao nascer do sol, cada pastor, cada consagrado deveria repetir na oração: também no dia de hoje e no desempenho do meu serviço, no centro não estou eu, mas Deus”. Alertou também para o perigo da mundanidade, que é vaidade, olhar demasiado para si próprio.
Discurso do papa Francisco no encontro com padres e religiosos. Daniel Ibáñez / EWTN News
Caminhando com o Senhor, continuou o papa, “todos os dias nos é colocada uma questão essencial: como estou vivendo o meu sacerdócio, a minha consagração, o meu discipulado?”. O papa pediu aos religiosos que não se esqueçam do “seu patrão”, ou seja, o Senhor.
Não se vive de rendimentos com o Senhor 105o44
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O papa Francisco disse que é essencial “cuidar de si”, para poder cuidar dos outros, “porque a vida sacerdotal ou religiosa não é um ‘sim’ que pronunciamos de uma vez para sempre”.
“Com o Senhor, não se vive dos rendimentos adquiridos! Pelo contrário, todos os dias é preciso renovar a alegria do encontro com Ele, em todos os momentos é preciso escutar de novo a sua voz e tomar a decisão de O seguir”, disse.
O papa Francisco disse que “quanto mais um sacerdote, uma religiosa, um religioso se entregam, se gastam e trabalham pelo Reino de Deus, tanto mais necessário se torna que cuidem também de si mesmos. Um sacerdote, uma religiosa, um diácono que se descuida de si acabará por se descuidar também dos que lhe estão confiados”.
Por isso, propôs uma “regra de vida” que inclui um encontro diário com a oração e a Eucaristia, o diálogo com o Senhor, cada um segundo a sua própria espiritualidade e o seu próprio estilo.
“Devemos ter medo daquelas pessoas que estão sempre ativas, sempre no centro, que talvez por excesso de zelo nunca descansam, nunca fazem uma pausa para si próprias. Isso não é bom, precisamos de espaços e momentos em que cada padre e cada consagrado cuide de si próprio”, disse.
Exortou também a viver a fraternidade, a levar Jesus aos outros, a dar aos corações a consolação do Evangelho e a não ter medo de mudar, “de rever velhos modelos, de renovar as linguagens da fé, aprendendo ao mesmo tempo que a missão não é uma questão de estratégias humanas”, mas uma questão de fé, de paixão pelo Evangelho e pelo Reino de Deus.
O papa Francisco pediu também para evitar a amargura, bem como a inveja e os mexericos. Convidou especialmente os sacerdotes a perdoar tudo e a “perdoar sempre”, sem “torturar as pessoas no confessionário”.
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“Mesmo nos momentos de cansaço ou de desânimo, não desistais. Apresentai os vossos corações ao Senhor; Ele manifesta-se e deixa-se encontrar se cuidarem de si mesmos e dos outros. Deste modo, Ele dá conforto àqueles que chamou e enviou. Ide em frente com coragem, Ele os encherá de alegria”, encorajou o papa Francisco.
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Antes de recitar a oração mariana do Ângelus, o papa fez uma pausa para recordar as regiões que sofrem com a violência da guerra, especialmente na Terra Santa, “onde a Virgem Maria deu à luz Jesus”. Convidou também a rezar por todo o Oriente Médio, pela Palestina, Israel, Líbano, Síria e Myanmar.
“Que a Santa Mãe de Deus obtenha a sua santa paz para o povo ucraniano e para o povo russo, para que se entendam”, disse o papa Francisco.
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Por fim, reiterou que a guerra é sempre “uma derrota”, mesmo “nas paróquias e nas comunidades religiosas”.
Almudena Martínez-Bordiú é uma jornalista espanhola correspondente da ACI Prensa, agência em espanhol do grupo ACI, em Roma e no Vaticano, com quatro anos de experiência em informação religiosa.
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