Cátedra Guido Schäffer de Esporte, Fé e Cultura é inaugurada na PUC-Rio 465zm

A “Cátedra Guido Schäffer” oferecerá aos estudantes, atletas e ao público em geral atividades acadêmicas, encontros e eventos culturais, ajudando-os a aprofundar a relação entre fé e esporte e inspirando os jovens a viverem com propósito e solidariedade.

“Queremos ser uma ‘universidade em saída’, que vá ao encontro das pessoas promovendo a amizade social. Dom Orani tem nos incentivado nessa direção. Acreditamos que a universidade católica seja um serviço à sociedade, promovendo ações que favoreçam todas as pessoas, especialmente os mais pobres”, disse o reitor da PUC-Rio, padre Anderson Antonio Pedroso, destacando que, “à luz da fé, o esporte pode mobilizar o melhor do ser humano”, pois “mesmo em contextos de sofrimento, pode trazer alegria, despertar esperança e suscitar solidariedade”. “O esporte fala da vida em movimento, e deve estar a serviço dela”, acrescentou.

“A criação da ‘Cátedra Guido Schaffer de Esporte, Fé e Cultura’ representa um o fundamental no modo de olharmos o esporte como um campo emergente de evangelização. É emblemático que o papa Francisco, na exortação apostólica Gaudete et Exsultate, das cinco caraterísticas da santidade que elenca no mudo atual, três coincidem com as caraterísticas que advém da experiência desportiva: a paciência e a mansidão, a ousadia e o ardor, e a oração constante (n. 112-157)”, escreveu o prefeito do Dicastério para a Cultura e Educação, cardeal Tolentino de Mendonça em mensagem a dom Orani por seu jubileu de ouro sacerdotal.

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Guido Vidal França Schäffer nasceu em 22 de maio de 1974, em Volta Redonda (RJ). Seus pais sempre foram católicos fervorosos e levavam ele e seus irmãos às missas dominicais e os ensinavam a rezar todas as noites.

Em 1998, formou-se em medicina no Rio de Janeiro e atuou na Santa Casa de Misericórdia, onde testemunhava sua fé. Ele também se dedicou ao cuidado dos pacientes com Aids e dos pobres, juntos com as Missionárias da Caridade, congregação fundada por santa Teresa de Calcutá. Seu serviço como médico era sempre acompanhado pela evangelização.

No ano de sua formatura, iniciou o grupo de oração Fogo do Espírito Santo com o padre Jorge Luiz Neves Pereira da Silva, conhecido como padre Jorjão, na paróquia de Nossa Senhora da Paz, em Ipanema. Depois de participar do encontro das famílias por ocasião da visita de são João Paulo II ao Rio de Janeiro, em 1997, e de uma viagem à Europa, em 2000, para a beatificação dos protomártires do Brasil, Guido sentiu o chamado ao sacerdócio e decidiu entrar para o seminário, sem deixar a medicina. Ele foi acompanhado pelo então bispo auxiliar do Rio de Janeiro, dom Karl Josef Romer. Entre 2002 a 2004, cursou Filosofia e, entre 2006 a 2007, Teologia no Instituto de Filosofia e Teologia do Mosteiro de São Bento do Rio de Janeiro. Em 2008, ingressou no Seminário São José, no Rio de Janeiro, para cursar os dois últimos anos do curso de Teologia, para ser ordenado padre.

Em 1º de maio de 2009, Guido Schäffer morreu aos 34 anos, surfando na praia do Recreio dos Bandeirantes. Ele foi atingido na nuca por uma prancha de surf, desmaiou e se afogou. Seu processo de beatificação foi aberto em janeiro de 2015 e, em 20 de maio de 2023, o Dicastério para a Causa dos Santos da Santa Sé reconheceu suas virtudes heroicas e o declarou venerável.