“Mediante a doação pessoal recíproca, que lhes é própria e exclusiva, os esposos tendem para a comunhão dos seus seres, em vista de um aperfeiçoamento mútuo pessoal, para colaborarem com Deus na geração e educação de novas vidas”, diz a carta encíclica Humanae Vitae, do papa Paulo VI, que proibiu os métodos artificiais de controle da natalidade. Mãe de cinco filhos entre um e nove anos, a consultora do sono Narlla Bessoni, 38 anos, disse ter feito “uma grande descoberta” quando conheceu esse documento de são Paulo VI, seis meses antes de se casar.

Bessoni contou à ACI Digital que na época de seu noivado já era católica. Mas, “um dos conselhos que mais recebia” era de que tinha que esperar se “adaptar ao casamento” para “depois ter filhos”. “Era um conselho que eu recebia até de pessoas próximas e maduras na fé. Acabei ouvindo aquilo e pensei que era isso mesmo”, disse.

Seis meses antes do casamento, foi a uma ginecologista católica de Brasília (DF), “na expectativa de fazer exames”. Aquela consulta mudou o seu modo de ver o matrimônio e a abertura à vida. “A primeira coisa que a médica me perguntou foi: ‘e os filhos?’. Eu fiquei pesando qual era a resposta certa. Lá no fundo, minha consciência sabia que tinha algo que não estava muito interessante naquele conceito que eu estava formando”.