Diocese portuguesa abre causa de beatificação de fundadora das Servas Franciscanas Reparadoras de Jesus Sacramentado 5a695t

Os diversos intervenientes no processo prestarão o seu juramento e o bispo concluirá com uma palavra final.

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A irmã Maria de São João Evangelista nasceu em 4 abril de 1888, na aldeia de Pereira, concelho de Mirandela, distrito de Bragança. Seu nome de batismo era Alzira da Conceição Sobrinho.

Em 1916, conta o site de sua congregação, Alzira disse ter “recebido do Senhor a inspiração para que seja fundada uma nova ordem ou instituição à qual lhe darão o nome de ‘Vítimas Consagradas ao Amor do Santíssimo Sacramento’”.

Ela também viveu fatos extraordinários. Dizia receber, sem participação humana, partículas consagradas provenientes do sacrário da aldeia. Para apurar a veracidade, seu diretor espiritual, os párocos e outras pessoas “fizeram várias provas”. O “sacrário e o vaso no seu interior foram lacrados, confirmando-se, por diversas vezes, que as partículas que Alzira recebera faltavam no vaso, estando o lacre intacto”.

“Segundo ela, Jesus insistia que deviam autorizar a que ela e várias pessoas, que seriam os primeiros membros da Congregação a fundar, andassem com uma partícula consagrada num relicário, para contínua adoração”.

Em 1928, fundou com sua amiga Maria Augusta Martins, uma casa de acolhimento para crianças pobres, chamada Asilo das Florinhas do Sacrário. Com o tempo, foram surgindo outras mulheres que queriam viver a mesma espiritualidade eucarística e colaborar na obra social.

Em 1941, o bispo de Bragança-Miranda, dom Abílio Augusto das Neves, deu impulso para a fundação da nova Pia União. Em 15 de agosto de 1950, foi erigido canonicamente o Instituto de Direito Diocesano, denominado Servas Franciscanas Reparadoras de Jesus Sacramentado, confirmado como Instituto de Direito Pontifício em 1 de novembro de 1991.

Alzira Sobrinho fez a sua primeira profissão a 15 de agosto de 1948, adotando o nome de Maria de São João Evangelista. Fez a profissão perpétua a 15 de agosto de 1951.

Desde nova, foi conhecida por seu amor à Eucaristia e dedicação ao próximo. Muitos a procuravam para pedir conselhos ou orações.

Morreu com fama de santidade em 10 de junho de 1982, na festa de Corpus Christi, como desejava.

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As Servas Franciscanas Reparadoras de Jesus Sacramentado têm como carisma ser servas, “à imitação da Santíssima Virgem”, para que, “na docilidade ao Espírito Santo”, façam a “vontade do Senhor, prontas a servir os irmãos na realização da inefável vontade salvadora do Pai”.

Como franciscanas, vivem Evangelho à maneira de são Francisco de Assis “em pobreza, humildade e simplicidade”, querendo “ser testemunhos de fraternidade verdadeira, pela comunhão de vida, de sentimentos e de bens”.

Como reparadoras de Jesus Sacramentado, querem “viver o espírito de adoração e reparação mediante uma fé profunda na Presença Real, uma sólida devoção Eucarística e a oblação” de suas vidas “a Jesus Eucaristia”.

Elas têm como missão o trabalho de solidariedade social voltado para crianças, jovens, idosos, e um trabalho pastoral dedicado à catequese, liturgia, formação. Na ação pastoral, destaca-se a coordenação e dinamização do Movimento Eucarístico Leigo (M.E.L.), fundado pela congregação.

O M.E.L. é dividido por faixa etária. As Florinhas do Sacrário, para crianças de sete a 12 anos; a Juventude Eucarística Franciscana, para pessoas de 13 a 30 anos; e os Visitadores do Sacrário para Adultos. O acompanhamento obedece a um plano pastoral da Congregação que a por encontros de formação e convívio, retiros, peregrinações, visitas aos grupos, boletins de formação para cada uma das faixas etárias.

Atualmente, as Servas Franciscanas Reparadoras de Jesus Sacramentado estão presentes em Portugal, Angola, Brasil e Moçambique.