No ano ado, foram assassinados 208 indígenas, segundo o relatório de 2023 sobre “Violência contra os Povos Indígenas no Brasil” do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), órgão da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil  (CNBB), divulgado ontem (22). Isso representa um aumento de 15,5% no primeiro ano do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em comparação a 2022, último ano do governo do presidente Jair Bolsonaro.

“O novo governo de Luiz Inácio Lula da Silva anunciou – por meio de belos discursos proferidos antes e depois de sua eleição – que uma de suas prioridades seria garantir os direitos constitucionais dos povos indígenas”, disse o relatório do CIMI. “O ano de 2023 iniciou com grandes expectativas em relação à política indigenista”.

Apesar do prometido por Lula em sua campanha presidencial em 2022, “o ambiente institucional de ataque aos direitos indígenas foi espelhado, nas diversas regiões do país, pela continuidade das invasões, conflitos e ações violentas contra comunidades e pela manutenção de altos índices de assassinatos, suicídios e mortalidade na infância entre estes povos”, disse o CIMI.