Comunidade Shalom manda voluntários ao Rio Grande do Sul para ajudar afetados pela enchente 68o2s
Posto de arrecadação de doações em Estância Velha | Vitoria Constante (PMEV)
Por Natalia Zimbrão
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23 de mai de 2024 às 13:39
A Comunidade Católica Shalom promove durante o mês de junho uma expedição de voluntários para ajudar as pessoas que foram afetadas pelas enchentes que assolam o Estado do Rio Grande do Sul há quase um mês devido a fortes chuvas. A Expedição Shalom Amigos do RS espera reunir cerca de 60 voluntários e as inscrições estão abertas até domingo (26).
“Não percamos tempo em amar”, disse Jeovana Freitas, responsável pelas ações de promoção humana da comunidade, à ACI Digital. “Acho que não podemos ser indiferentes a essa realidade que acontece no nosso país. Todos somos irmãos. Então, fico pensando, se minha família precisa de mim e eu posso ajudar, por que eu não iria ajudar? São nossa família, são nossos irmãos. Então, por que perder tempo, por que ficar indiferente, se eu posso, se você pode ajudar? Nós estamos precisando de ajuda para amar e socorrer os nossos irmãos e amigos do Rio Grande do Sul”.
Segundo boletim diário divulgado hoje (23), às 9h, pela Defesa Civil do Rio Grande do Sul, 468 dos 497 municípios do Estado foram afetados, cerca de 94%. O total de pessoas afetadas no Estado é de 2.342.460. Foram registradas 163 mortes, 82.666 pessoas resgatadas, 806 feridos, 72 desaparecidos. Há 581.643 desalojados e 65.762 pessoas em abrigos.
Jeovana Freitas contou que o pedido o envio de voluntários foi feito pela diocese de Novo Hamburgo, onde a Comunidade Shalom tem uma casa missionária. “Eles mesmos solicitaram e, em diálogo, pediram que estivéssemos lá durante um mês”. Por isso, a comunidade está se organizando para que os voluntários possam ajudar em períodos de dez, vinte ou trinta dias.
Os voluntários ficarão em Estância Velha (RS), “uma cidade que não foi atingida” e de lá serão “direcionados todos os dias para os trabalhos das equipes, que vão ser: limpeza e lavagem das casas, visita aos alojamentos e trabalho de evangelização nas paróquias que foram inundadas, e atuação no centro de logística e expedição das doações”.
Freitas destacou que, “graças a Deus” estão recendo ainda “muitas doações em Estância Velha, cidade que se tornou polo de recebimento e distribuição, mas não temos tido ajuda o suficiente para distribuir essas doações, tanto alimentos, roupas, tudo aquilo que chega” e essa será uma das atuações dos voluntários.
Ela contou também que um padre irá acompanhar a expedição de voluntários, pois há a necessidade de auxílio espiritual. “A equipe que visita os abrigos é a equipe de evangelização, porque vamos para o abrigo justamente para ser essa presença de consolo, de instrumento da misericórdia de Deus, rezar pelas famílias que desejarem receber uma oração, escutar. Há paróquias que foram inundadas e os paroquianos estão dispersos, não estão conseguindo os sacramentos. Então, a presença do padre também vai nos ajudar nisso, para podermos ir ajudando nessa retomada aos poucos”, disse.
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Imagem ilustrativa de voluntários da Shalom. Comunidade Shalom
Os voluntários “precisam ser pessoas maiores de 18 anos, que realmente tenham disponibilidade física e emocional para estar lá durante dez, vinte ou trinta dias conosco”, disse Freitas, ressaltando que “o principal é a disponibilidade em servir, em se ofertar naquilo que for mais necessário”. Além disso, a comunidade também pede a “ajuda de psicólogos e assistentes sociais”.
Eles deverão arcar com o próprio transporte até o Rio Grande do Sul. “O que estamos orientando é que os voluntários cheguem tanto por Caxias do Sul, via terrestre ou aérea, ou por Canoas, um aeroporto que abriu agora”, isto é, a Base Aérea de Canoas, que teve a autorização da Agência nacional de Aviação Civil (Anac) na sexta-feira (17) para a operação de voos comerciais.
“Então, orientamos para que vão até esses lugares nos dias determinados”, que são 1, 10 e 20 de junho, “e terá uma equipe que vai buscá-los e levá-los para Estância Velha”.
Freitas disse que, “durante o período que estiverem lá” vão ter alojamentos “como a casa da própria comunidade, casas de famílias, casas de paróquias” e também receberão “e de alimentação”, que será fornecida pela paróquia no Centro de Distribuição, com exceção do jantar.
Natalia Zimbrão é formada em Jornalismo pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro. É jornalista da ACI Digital desde 2015. Tem experiência anterior em revista, rádio e jornalismo on-line.
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