A partir de hoje (3), os médicos brasileiros estão proibidos de usar cloreto de potássio na realização de aborto, em casos decorrentes de estupro, previsto em lei, “quando houver probabilidade de sobrevida do feto em idade gestacional acima de 22 semanas”, relata a resolução nº 2.378, do Conselho Federal de Medicina (CFM), publicado hoje no Diário Oficial da União (DOU).

Esta resolução havia sido aprovada no dia 21 de março na Sessão Plenária do Conselho Federal de Medicina (CFM), quase um mês depois que o Ministério da Saúde publicou uma Nota Técnica, em 28 de fevereiro, autorizando a ampliação da “realização do aborto nas condições previstas em lei” a qualquer idade gestacional. O ministério a suspendeu no dia seguinte, alegando que ela não tinha ado “por todas as esferas necessárias do Ministério da Saúde e nem pela consultoria jurídica da Pasta”.

O uso do cloreto de potássio em abortos é um procedimento médico chamado assistolia fetal. O potássio é aplicado no coração do bebê dentro do ventre materno, causando a morte por parada cardíaca.