Na Oitava de Páscoa, fiéis celebram a festa de Nossa Senhora da Penha, padroeira do Espírito Santo 4c442n
Festa da Penha em 2023 | Fernando Ribeiro
Por Natalia Zimbrão
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3 de abr de 2024 às 12:59
Teve início no domingo de Páscoa (31) e segue até a próxima segunda-feira (8) a 454ª Festa da Penha, em Vila Velha (ES). Trata-se, segundo o convento da Penha, da mais antiga e terceira maior festa mariana do Brasil, atrás apenas do Círio de Nazaré e de Nossa Senhora Aparecida. Costuma reunir durante os nove dias cerca de 2,5 milhões de pessoas.
“Nós temos percebido que, uma festa que foi sempre muito relevante e abraçada por todo o estado do Espírito Santo e também aqui dos estados fronteiriços, especialmente norte do Rio de Janeiro, Minas Gerais e sul da Bahia, agora também tem se tornado uma festa de adesão de outros lugares do Brasil”, disse à ACI Digital o vigário provincial da Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil, frei Gustavo Medella.
Foi por um franciscano, o espanhol Frei Pedro Palácios, que esta devoção chegou a Vila Velha e, até hoje, são os franciscanos que cuidam do convento da Penha. “Há uma ligação profunda entre Nossa Senhora da Penha e a presença franciscana no Brasil e no Espírito Santo”, disse o frei Medella. Segundo ele, “os franciscanos são considerados os guardiões de Nossa Senhora da Penha” e se dedicam todos os dias do ano “ao atendimento no convento, celebram as missas, acolhem as pessoas, atendem confissões”.
O frei Gustavo Medella contou que a Festa da Penha está “totalmente relacionada com a Páscoa” e “a data dela depende da data da Páscoa da Ressureição”. Isso porque “é uma celebração em honra a Nossa Senhora das Alegrias, cujo dia é celebrado logo após a oitava de Páscoa”.
O vigário provincial contou que quando chegou ao Espírito Santo, o frei Pedro Palácios levou “primeiro um quadro de Nossa Senhora das Alegrias e depois veio a imagem”. Mas, “pelo fato de o convento, a cada construída em honra a Nossa Senhora, ser construído sobre um penhasco, uma rocha”, a devoção ou a ser chamada Nossa Senhora da Penha.
O dia dedicado à Nossa Senhora da Penha, segunda-feira depois da oitava de Páscoa, é precedido por um oitavário, “um período preparatório”. “Como temos nas festas de padroeiros as novenas, tríduos, a trezena no caso de santo Antônio, aqui, nossa tradição é realizar um oitavário que começa no domingo de Páscoa. Então, é um grande percurso, caminho preparatório para celebrarmos junto com Maria as alegrias de Nossa Senhora”, disse.
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Durante os nove dias da Festa da Penha, são celebradas 50 missas, há 10 atrações noturnas e mais de 10 romarias. Neste ano, a festividade tem como tema “Ó, vem conosco, vem caminhar”, retirado da canção mariana “Pelas estradas da vida”, do padre M. de Espíndola.
“Uma das marcas da festa da Penha é essa ideia de movimento e caminhada, como se fosse uma grande peregrinação, tanto que as romarias representam uma parte muito significativa e viva da festa da Penha”, disse o frei Medella, destacando a Romaria dos Homens, que acontece “há cerca de 70 anos” no sábado antes do dia da padroeira e reúne “mais de 500 mil pessoas em um percurso de 14 quilômetros da Catedral de Vitória o Parque da Prainha, aos pés do convento”. O vigário provincial citou ainda “a romaria das mulheres, das pessoas com deficiência, dos militares, dos adolescentes, das pessoas que praticam remo e é chamada de remaria”. “Tudo isso vem dizer que a vida de fé, a vida cristã é uma vida em movimento, dinâmica, é uma caminhada. É uma caminhada que ninguém faz sozinho”, acrescentou.
“Por isso, esse destaque que se faz de um canto muito tradicional a Nossa Senhora: ‘Ó, vem conosco, vem caminhar’. Quando o fiel reza e chama, convida Nossa Senhora para a caminhada. Ao mesmo tempo que ele faz um apelo, ele também celebra uma realidade, porque quando ele chama, chama sabendo que Nossa Senhora já veio, continua vindo e caminhando com seu povo pela via da fé e da esperança”, disse.
Para o frei Gustavo Medella, quem for participar da Festa da Penha, “certamente vai encontrar aqui um ambiente tomado por essa força alegre da ressurreição, de entusiasmo, alegria, transformação interior”. Ele também convidou quem não puder estar presente a acompanhar pelos meios de comunicação da festa e do convento da Penha, como o Youtube.
Para conferir a programação completa da Festa da Penha, basta ar AQUI.
Natalia Zimbrão é formada em Jornalismo pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro. É jornalista da ACI Digital desde 2015. Tem experiência anterior em revista, rádio e jornalismo on-line.
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