Ontem (29), 32 vereadores da Câmara Municipal do Rio de Janeiro (RJ) votaram contra o Projeto de Lei nº 16/2017 que pretendia criar o “Programa de atenção humanizada ao aborto legal e juridicamente autorizado” na cidade. A proposta é de autoria da ex-vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ), morta em 14 de março de 2018 no Rio de Janeiro, e foi apresentado pela vereadora Monica Benicio (PSOL-RJ), com quem Marielle tinha um relacionamento.

Segundo o PL, o objetivo do programa era “instituir no âmbito do município do Rio de Janeiro o modelo humanizado de atenção às mulheres no aborto legal por meio da rede de assistência obstétrica do município que preze pelo acolhimento, orientação e atendimento clínico adequado, segundo referenciais éticos, legais e bioéticos, prezando pela saúde da mulher”.

O aborto no Brasil é crime, mas não é punível em casos de gravidez decorrente de estupro, quando há risco para a vida da mãe e quando o bebê tem anencefalia, como determinou o Supremo Tribunal Federal (STF) em 2012.