Por Almudena Martínez-Bordiú
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9 de fev de 2024 às 15:53
A canonização de Mama Antula é “um presente para o povo argentino”, disse o papa Francisco hoje (9), ao receber um grupo de peregrinos argentinos que estão em Roma para a canonização, no domino (11) da primeira argentina que será elevada aos altares.
No início do seu discurso no Palácio Apostólico do Vaticano, o papa Francisco disse que “a caridade de Mama Antula, especialmente no serviço aos mais necessitados, é hoje muito forte em meio desta sociedade que corre o risco de esquecer que ‘o individualismo radical é o vírus mais difícil de vencer”.
Para o papa, a futura santa é um “um exemplo e uma inspiração que reaviva a opção pelos últimos, por aqueles que a sociedade descarta e lança fora”. Ele convidou a seguir os seus os para “ser esse sinal de amor e de ternura entre nossos irmãos e irmãs”.
Colocando o olhar nas adversidades que esta leiga consagrada teve que enfrentar para preservar o espírito da Companhia de Jesus no seu país natal, o papa Francisco disse que “o caminho da santidade implica confiança, abandono”.
Assim, recordou quando a beata Maria Antonia “chegou a Buenos Aires apenas com um crucifixo e descalça, porque não havia colocado sua segurança em si mesma, mas em Deus, confiando que seu árduo apostolado era obra Dele”.
“Ela experimentou o que Deus quer de cada um de nós, que possamos descobrir seu chamado, cada um em seu próprio estado de vida, pois, seja ele qual for, sempre será sintetizado em fazer ‘tudo para a maior glória de Deus e a salvação das almas”.
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Segundo Francisco, “uma das suas principais preocupações quando a Companhia de Jesus foi suprimida foi dar ela mesma os exercícios espirituais, buscando ajudar todos a descobrir a beleza de seguir Cristo”.
“Outra mensagem que a Bem-aventurada nos dá em nosso mundo atual”, continuou o papa, “é não desistir diante da adversidade, não desistir de nossas boas intenções de levar o Evangelho a todos, apesar dos desafios que isso possa representar”.
“Firmemente enraizados no Senhor, devemos ver isso como uma ocasião em que podemos desafiar nosso ambiente a levar a alegria do Evangelho”, disse.
No final do seu discurso, ele falou do “grande ardor” que Mama Antula sentia pela eucaristia, “que deve ser o centro da nossa vida cristã e da qual brota a força para realizar nosso apostolado”.
“Convido-vos a ser testemunhas desse dom para o povo argentino, mas também para toda a Igreja. Peçamos a ela, que tanto promoveu as peregrinações, que nos ajude em nossa peregrinação juntos rumo à casa do Pai”, concluiu o papa Francisco.
Almudena Martínez-Bordiú é uma jornalista espanhola correspondente da ACI Prensa, agência em espanhol do grupo ACI, em Roma e no Vaticano, com quatro anos de experiência em informação religiosa.
