A declaração Fiducia supplicans, que ite bênçãos a casais irregulares e uniões do mesmo sexo, teve recepções distintas entre o clero no Brasil. Enquanto algumas dioceses se pronunciaram a favor da declaração, outras foram mais cautelosas e houve ainda outras que decidiram não aplicá-la, como, de resto, vem acontecendo no resto do mundo.

A declaração Fiducia supplicans: sobre o sentido pastoral das bênçãos foi publicada em 18 de dezembro pelo Dicastério para a Doutrina da Fé. O documento estabelece uma distinção entre bênçãos litúrgicas e espontâneas e diz “que se pode entender a possibilidade de bendizer os casais em situações irregulares e as duplas do mesmo sexo, sem convalidar oficialmente seu status nem alterar de modo algum a doutrina perene da Igreja sobre o Matrimônio”.

Essa doutrina está expressa no Catecismo da Igreja  Católica, que diz, no número 1.640: “O vínculo matrimonial é, portanto, estabelecido pelo próprio Deus, de maneira que o matrimónio ratificado e consumado entre batizados não pode jamais ser dissolvido”.