A Igreja Católica comemora hoje (2), da de finados, todos os fiéis defuntos. Rezar e celebrar missas por quem já morreu é uma tradição da Igreja. Na missa pelos mortos, o fiel “deve buscar acima de tudo a salvação da alma do fiel falecido” e, “com confiança, entregar aquela alma à misericórdia de Deus, suplicar o perdão dos seus pecados, o alívio das penas devidas às suas faltas”, disse à ACI Digital, em 2023, o padre Anderson Alves, da diocese de Petrópolis (RJ). Portanto, não se trata apenas de agradecer pela vida da pessoa que morreu ou consolar os entes queridos que ficaram.

“Quem o faz com fé, já tem o consolo da mesma fé. Os sacerdotes buscam, nesse momento, fortalecer a fé pascal dos fiéis. Certamente podem agradecer a Deus pelas boas obras do fiel. Mas devem também suplicar o perdão das suas falhas e pecados, confiantes na misericórdia divina”, acrescentou o sacerdote, que é diretor espiritual do seminário diocesano Nossa Senhora do Amor Divino e professor de Filosofia e Teologia Moral na Universidade Católica de Petrópolis (U).

O padre Alves destacou que “a Igreja é um mistério de comunhão” e a missa pelos mortos “pretende fortalecer a comunhão”, pois, por ela, “os falecidos necessitados de purificação são auxiliados; e os seus amigos e parentes vivos são confortados, são fortalecidos na fé no mistério pascal de Cristo, que ilumina o mistério da morte do cristão”. “O cristão acredita nas palavras de Jesus: ‘Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que morra, viverá; e quem vive e crê em mim, não morrerá eternamente’ (Jo 11, 25-26). A vitória de Cristo sobre a morte é o início da vida eterna do cristão”, acrescentou.