Mariaserena, italiana que atualmente ajuda os migrantes na Grécia, transmitiu ao papa Francisco uma mensagem sobre o trabalho dos "Encontros do Mediterrâneo" que acontece em Marselha nos últimos dias, e denunciou que este mar, que banha as costas de vários países da Europa, África e Ásia, "já não é apenas um cemitério, é um verdadeiro palco de crimes contra a humanidade".

Os “Encontros do Mediterrâneo” são uma iniciativa da arquidiocese de Marselha, que começou na segunda-feira (18) e vai até amanhã (24), com a participação de cerca de sessenta bispos e cerca de sessenta jovens provenientes de dioceses africanas, europeias e asiáticas, banhadas pelo Mediterrâneo. O evento visa trabalhar por “novos caminhos de paz e reconciliação” na região.

Mariaserena recordou que “há dois anos que vivo na Grécia, com a Comunidade Papa João XXIII, primeiro em Lesbos e agora em Atenas”. Nesta última cidade, disse, “moro num abrigo: uma família que decidiu abrigar-se sob o seu próprio teto e dividir a vida com quem está em maiores dificuldades”.