Cerimônia de acolhimento da JMJ Lisboa 2023 reúne 500 mil com o papa 4d3w2w

Trechos dos testemunhos, medos e esperanças expressos nas cartas foram lidos em diferentes idiomas e interpretados pelos jovens do grupo coreográfico da JMJ para o papa Francisco.

Enquanto numa carta o autor dizia que o medo o paralisava e o levava a tomar más decisões, noutra o autor contava ao papa que suas mensagens lhe ensinavam a acreditar no futuro.

Ao final da apresentação, a freira entregou a caixa com as cartas ao papa Francisco, e depois começou o desfile com as bandeiras dos países de origem dos peregrinos, enquanto se entoavam cânticos, para depois continuar com a apresentação dos símbolos da JMJ: a cruz peregrina e a imagem da Virgem Salus Populi Romani.

Os símbolos foram levados por vários jovens pelo caminho ladeado de bandeiras na também chamada “Colina do Encontro”, e colocados em um dos lados do palco, sob aplausos dos milhares de presentes.

Após o momento musical, o papa Francisco começou a cerimônia litúrgica. Nela, foi lido em português o trecho do Evangelho de São Lucas, no qual Cristo escolhe 72 discípulos e os envia dois a dois dizendo que a messe é grande e poucos os trabalhadores, e que são enviados como cordeiros no meio de lobos.

Jesus os chama pelo nome

Em seu discurso, o papa Francisco lembrou aos milhares de jovens que Deus chama cada um pelo nome, e que para o Senhor eles não são um número, como o mercado os considera, mas rostos, pessoas, que ele chamou desde o nascimento. "A batida do coração de Deus por ti é única", disse o papa.

“Muitos, hoje, sabem o teu nome, mas não te chamam pelo nome. Com efeito, o teu nome é conhecido, aparece nas redes sociais, é processado por algoritmos que lhe associam gostos e preferências. Mas tudo isso não interpela a tua singularidade, mas a tua utilidade para pesquisas de mercado”.

“Quantos lobos se escondem por trás de sorrisos de falsa bondade, dizendo que conhecem quem és, mas sem te querer bem (…). São as ilusões do mundo virtual e devemos estar atentos para não nos deixarmos enganar, porque muitas realidades que nos atraem e prometem felicidade mostram-se depois pelo que são: coisas vãs, bolhas de sabão, supérfluas, coisas que não servem, substitutos que deixam o vazio interior. Jesus, não! Jesus não é assim. Ele tem confiança em ti, para Ele tu contas. Para Jesus cada um de vocês é importante”.

Ele também exortou os jovens, reunidos no parque de 25 hectares, a confiar a Jesus, na oração, seus sonhos e as perguntas que mais os inquietam. Deus nos ama como somos, disse, “ele nos chama assim, é um Pai que gosta de nós e Pai que nos ama”.

“Não tenham medo, tenham coragem”, pediu o papa, sabendo que “estamos amortizados pelo amor que Deus tem por nós”. "Deus nos ama", repetiu várias vezes.

Ao final das palavras do papa Francisco, foram rezadas as ladainhas aos padroeiros e beatos da JMJ Lisboa 2023: são João Paulo II, que criou a Jornada Mundial da Juventude em 1958, são João Bosco, são Vicente, santo Antônio de Pádua, que nasceu em Lisboa, são Bartolomeu, são João de Brito, beata Joana de Portugal, beato João Fernandes, beata Maria Clara do Menino Jesus, beato Pedro Jorge Frassati, beato Marcel Callo, beata Chiara Badano e beato Carlo Acutis.

Depois da bênção final, aconteceu a cerimônia de envio, encenada por um grupo de jovens que formavam as frases: “Eu vos envio” e “O reino de Deus está próximo de vós”.

Confira também:

Discurso do papa Francisco na cerimônia de acolhimento Parque Eduardo VII. #Lisboa2023 https://t.co/AAfFdCMo6I

— ACI Digital (@acidigital) August 3, 2023