Por Abel Camasca
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MADRI, 2 de ago de 2022 às 11:47
Cerca de dez mil pessoas am uma campanha da plataforma HazteOír, pedindo que a cruz no Vale dos Caídos, considerada a maior do mundo, não seja derrubada, e que o monumento e a sua basílica, custodiados pelos monges beneditinos, sejam declarados como um bem de interesse cultural.
Segundo Ignacio Arsuaga, presidente da HazteOír, Isabel Díaz Ayuso, presidente da Comunidade de Madri, tem um papel fundamental nesta decisão.
“As Comunidades Autônomas também podem nomear Bens de Interesse Cultural por razões arquitetônicas, históricas, culturais, etc. E o Vale dos Caídos mais do que atende aos requisitos para entrar nessa categoria”, diz Arsuaga.
Para Arsuaga, “a única coisa que é necessária é vontade política. Se Ayuso quiser, ela pode bater o martelo, atrapalhar os planos de Sánchez e proteger o Vale. Só tem que se arriscar".
“Temos uma oportunidade de ouro. Única, para deter a esquerda e salvar o Vale de uma 'vingança'”, diz Arsuaga.
Para participar da campanha de “Ayuso: declare o Vale dos Caídos como Bem de Interesse Cultural”, entre AQUI.
O que é o Vale dos Caídos?
O Vale dos Caídos é um complexo monumental que, por conter os restos mortais dos dois lados combatentes da Guerra Civil Espanhola, nacionalistas e republicanos, se tornou controverso. Os militantes socialistas e comunistas, hoje no governo da Espanha, o veem como um símbolo do franquismo e não como um símbolo de reconciliação e paz.
Os restos mortais de Francisco Franco também ficaram lá até outubro de 2019, ano em que foram transferidos de helicóptero para o cemitério de Mingorrubio, em Madri.
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Em 20 de julho de 2021, foi aprovada pelo Conselho de Ministros a “Lei da Memória Democrática”, com a qual o governo busca ressignificar o Vale dos Caídos e poderia eliminar todas as referências religiosas do local.
Na quinta-feira, 14 de julho de 2022, a lei foi aprovada no Congresso e, nos próximos meses, poderá ser submetida ao Senado.
Dentro do Vale dos Caídos há uma basílica de direito pontifício que é istrada por monges beneditinos, que correm o risco de serem expulsos.
O complexo monumental contém a maior cruz do mundo, com 152,4 metros de altura, conforme apurado pelo Guinnes World Records.
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Abel Camasca é comunicador social. Foi produtor do telejornal EWTN Noticias por muitos anos e do programa “Más que Noticias” na Radio Católica Mundial.
