Depois de um ano e meio de obras, a restauração da catedral de São Pedro de Alcântara, em Petrópolis (RJ), será inaugurada com missa celebrada em 1º de julho por dom Gregório Paixão, bispo diocesano e coordenador do projeto de restauração. Segundo dom Gregório, o grande trabalho deste projeto não foi embelezar o templo, “pois ele já é belo”, mas sim resolver um problema estrutural.

“A restauração da catedral não foi feita apenas para deixar o monumento bonito, mas porque havia uma rachadura na catedral de ponta a ponta que a dividia. Não agora, mas em um espaço de uns 30 anos, a catedral poderia simplesmente abrir. Ia chegar um momento em que poderia ser interditada”, disse dom Gregório à ACI Digital. Contou ainda que para resolver o problema foi colocado “concreto embaixo da catedral”. “Então, o grande trabalho não foi trazer a beleza do monumento, que já é belo por natureza, mesmo quando estava sujo como também agora limpo. Mas, foi sustentar a catedral e resolver o problema do muro que estava caindo. Nós conseguimos”, disse.

Dom Gregório Paixão assumiu a diocese de Petrópolis em dezembro de 2012. Ele contou que, quando chegou à cidade, o primeiro monumento que visitou foi a catedral de São Pedro de Alcântara. “Além de ficar irado com a beleza”, logo notou “que havia uma grande rachadura no monumento”. “Como sempre trabalhei em restauração de monumentos históricos, quando vi aquela rachadura fiquei preocupado”, disse dom Gregório que trabalhou na restauração de igrejas em Salvador (BA), onde foi bispo auxiliar antes de ser transferido para Petrópolis. Ele foi informado de que a rachadura na catedral seu deu em 1988, quando houve uma grande enchente na cidade.