O cardeal Angelo Becciu disse ontem (18), no seu julgamento sob acusação de ter cometido crimes financeiros, que não tem culpa na renúncia forçada de um auditor da Santa Sé porque foi um pedido do papa Francisco.

Em 2017, ocorreu a demissão repentina do primeiro auditor geral da santa Sé, Libero Milone, e uma auditoria interna foi cancelada. Dizia-se que o responsável era o cardeal Becciu, então substituto da Secretaria de Estado.

Na audiência de ontem (18), o cardeal afirmou que em junho de 2017 o papa Francisco o chamou para uma reunião em sua residência na Casa Santa Marta. O papa disse que não confiava mais em Milone e mandou Becciu chamar o auditor e dizer a ele que deveria renunciar.