Em decisão liminar, a justiça de São Paulo estabeleceu no início de abril que crianças e adolescentes que estudam em regime de internato nas escolas dos Arautos do Evangelho retornem para casa até o fim do semestre. Segundo padre Alex Barbosa, representante dos Arautos junto ao Comissário Pontifício, a instituição já está tomando medidas para reverter esta decisão que consideram “equivocada e precipitada”.

A juíza Cristina Ribeiro Leite Balbone Costa, da Vara da Infância Juventude, concedeu liminar determinando a suspensão de novas matrículas, a proibição do ensino em regime de internato e que os estudantes internos das unidades dos Arautos do Evangelho devem voltar para suas casas até o dia 1º de julho.

A decisão liminar foi proferida em uma ação civil pública ajuizada pela Defensoria Pública do Estado de São Paulo e pelo Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (CONDEPE), órgão da Secretaria da Justiça e Cidadania de São Paulo. As acusações contra os Arautos são de tortura, assédios sexual e moral, racismo, maus-tratos, estupro contra crianças e adolescentes, entre outros. Essas denúncias ganharam repercussão na mídia nacional nos últimos anos. Os Arautos sempre negaram.