Mais de 500 fiéis participam da consagração da Rússia e Ucrânia em Brasília 4h32c

A cerimônia teve início com a leitura de um trecho da Segunda Epístola de São Paulo aos Coríntios, seguida do Salmo 50, um salmo penitencial, e da parábola das Bem-aventuranças do Evangelho de Mateus. Após as leituras, dom Paulo Cezar fez um momento de reflexão sobre a tensão da guerra e a necessidade de paz.

“A vida humana deve ser respeitada. Isso tudo é cruel, desumano e sacrílego. Vemos que a guerra é o fracasso da humanidade, é uma derrota diante das forças do mal. Assusta-me que ainda se recorra ao horror da guerra. Estamos diante da incapacidade humana, assistindo atônitos os horrores. É preciso perceber que só uma forma de pensar não consegue resolver os problemas do mundo. É preciso uma aliança”, disse o arcebispo.

“Só nos resta invocar aquele que é o príncipe da paz: Jesus Cristo. Entregar a humanidade para o Imaculado Coração de Maria. Maria, como Mãe, sempre olhou para humanidade nos momentos mais difíceis. Que ela nos dê aquilo que mais precisamos: a paz. Por isso estamos aqui para atender ao apelo do papa Francisco. Convido todos a se unirem a mim para fazer este ato de consagração para que ela, Rainha da Paz, como Mãe, possa obter para nós a paz. Felizes os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus”, sublinhou dom Paulo.

Após a reflexão do arcebispo, foi entoado o cântico de São Francisco de Assis pedindo a paz. Ainda houve uma petição pela paz aos governantes, aos povos que am pelo sofrimento da guerra, pelas famílias que perderam entes queridos em conflitos e pelos jovens e crianças que assistem à barbárie da guerra.

A cerimônia também contou com a oração do terço em várias línguas, entre elas o ucraniano, recitado por uma família refugiada que acabou de voltar da Ucrânia. Por fim foi realizada a consagração da Rússia e da Ucrânia por volta das 15h.

Fernanda Ruivo, de 35 anos, esteve na celebração com o marido e os cinco filhos. “Estamos em comunhão nesse momento para manifestar a presença dos leigos junto ao Papa, pedindo o fim da guerra”, disse a leiga.