O governo do Mato Grosso do Sul proibiu o uso da linguagem neutra nas escolas, em documentos oficiais e materiais didáticos. O projeto de lei aprovado na Assembleia Legislativa do estado no início de dezembro foi sancionado pelo governador Reinaldo Azambuja (PSDB) e publicada no Diário Oficial do estado no dia 30 de dezembro. O texto determina a obrigatoriedade do uso da norma culta da língua portuguesa.

A linguagem neutra é defendida por ativistas da ideologia de gênero e estabelece o uso de expressões que não sejam no masculino nem no feminino. Por isso, substituem os artigos “a” e “o”, por exemplo, por letras como “e” ou “x”, para expressar o que classificam como gênero neutro ou não-binário. Assim, palavras como “todos” e “todas” são escritas “todes” ou “todxs”, “menino” ou “menina” am a ser escritos como “menine”, entre outros.

A lei nº 5.820 determina que “é obrigatória a utilização da norma culta da Língua Portuguesa nos instrumentos de aprendizagem utilizados no ambiente escolar, nos documentos oficiais e na confecção de materiais didáticos, como forma de padronização do idioma oficial do país”. Esta regra só não é aplicada “às hipóteses em que houver necessidade de utilização da Língua Indígena no ambiente escolar”.