Padre Ismael Almeida Santana foi suspenso do uso de ordens pelo bispo de Mogi das Cruzes (SP), dom Pedro Luiz Stringhini, em fevereiro deste ano, por suspeita de abuso sexual cometido contra outro homem. O caso ganhou espaço na mídia brasileira hoje, 14 de dezembro, após reportagem do site UOL sobre um vídeo de suposta agressão do sacerdote de 31 anos contra o homem de 28, que o acusa de abuso e violência.

O acusador, identificado pelo UOL com o nome fictício de João, teria conhecido padre Ismael por meio de redes sociais em 2019, quando era seminarista da arquidiocese de São Paulo (SP) e o sacerdote era reitor do seminário de Mogi das Cruzes. “Segundo João, ele era obrigado a se submeter a violações sexuais e se sentia impotente para reagir”, diz a matéria. Afirma ainda que “as agressões aconteciam toda vez que ele se negava a ter relações sexuais com o padre”.

“Considerando as graves acusações acompanhadas da apresentação de provas contundentes e mediante as quais são imputadas ao reverendíssimo padre Ismael Almeida Santana, condutas que indicam grave violação, pecaminosa e escandalosa para a Igreja e objetivamente incompatível com o seu estado de vida de clérigo e celibatário, e a comissão de delito previsto no cânon 1395§2 do Código de Direito Canônico, com a agravante de ato de violência física perpetrado pelo acusado contra o denunciante”, dom Stringhini decretou “a suspensão canônica do uso de ordem (ad cautelam) do padre Ismael Almeida Santana”, conforme decreto datado de 26 de fevereiro de 2021.