A Justiça mexicana condenou dois cardeais, um bispo e dois padres por terem incentivado os católicos a não votar pelos promotores do aborto e da ideologia de gênero nas eleições de 6 de junho deste ano no México.

O arcebispo da Cidade do México e primaz do México, cardeal Carlos Aguiar Retes, o arcebispo emérito de Guadalajara, cardeal Juan Sandoval Íñiguez, o bispo de Cancún-Chetumal, dom Pedro Pablo Elizondo Cárdenas, e os padres Mario Ángel Flores Ramos, ex-reitor da Pontifícia Universidade do México (UPM), e Ángel Espinosa de los Monteros foram condenados por publicar “vídeos durante a campanha eleitoral federal 2020-2021, por meio de diversos perfis e canais do Facebook, Twitter e YouTube”, segundo boletim da Câmara Especializada do Tribunal Eleitoral do Poder Judiciário Federal (TEPJF), responsável pelo julgamento.

Segundo o TEPJF, os ministros do culto "transgrediram os princípios constitucionais de separação Igreja-Estado" e de "igualdade na disputa". A Constituição do México permite que os padres mexicanos, mas proíbe os ministros do culto de "fazerem proselitismo a favor ou contra qualquer candidato, partido ou associação política".