A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) pediu que a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) tome as medidas cabíveis contra o deputado estadual Frederico D’Avila, que xingou o arcebispo de Aparecida (SP), dom Orlando Brandes e o papa Francisco no dia 14 de outubro. Em discurso no plenário da Alesp, o deputado usou termos como “safados”, “vagabundos” e “pedófilos” ao se referir ao arcebispo, ao papa e à conferência episcopal brasileira.

“Defensora e comprometida com o Estado Democrático de Direito, a CNBB, respeitosamente, espera dessa egrégia casa legislativa, confiando na sua credibilidade, medidas internas eficazes, legais e regimentais, para que esse ultrajante desrespeito seja reparado em proporção à sua gravidade – sinal de compromisso inarredável com a construção de uma sociedade democrática e civilizada”, afirmou a CNBB em uma carta aberta assinada por sua presidência e dirigida ao presidente da Alesp, deputado Carlão Pignatari (PSDB).

Durante a sessão plenária na Alesp em 14 de outubro, o deputado Frederico D’Ávila se referiu à homilia de dom Orlando Brandes no dia 12 de outubro, no Santuário de Aparecida, quando o arcebispo disse que “para ser pátria amada não pode ser pátria armada”. “Quero falar para o arcebispo, dom Orlando Brandes, seu vagabundo, safado da CNBB, dando recadinho para o presidente e para a população brasileira que pátria amada não é pátria armada. Pátria armada é a pátria que não se submete a esta gentalha”, disse o deputado.