APARECIDA, 13 de out de 2021 às 15:17 72jz
Durante a missa solene da festa de Nossa Senhora Aparecida, no santuário nacional, na manhã de 12 de outubro, o arcebispo de Aparecida (SP), dom Orlando Brandes, pediu, numa homilia bastante política, que todos construam juntos a “pátria amada”, que “não pode ser pátria armada” e deve ser “sem ódio, sem mentira e fake news, sem corrupção”. À tarde, o presidente Jair Bolsonaro participou da missa no santuário, quando fez uma das leituras da missa e rezou a consagração à padroeira do Brasil.
Dom Orlando Brandes destacou duas palavras da liturgia do dia: povo e aliança. O arcebispo afirmou que são Paulo VI, são João Paulo II, Bento XVI e o papa Francisco, ao enviar mensagens aos brasileiros, se referiram ao povo. “E eu quero pedir que cada um de nós abrace o Brasil, abrace o nosso povo”, disse, citando os indígenas, os negros, os europeus, as crianças, os pobres e os enlutados “pelas 600 mil mortes” por covid-19 no país. “E abraçamos também nossas autoridades, para que juntos construamos um Brasil pátria amada. Para ser pátria amada não pode ser pátria armada. Para ser pátria amada, seja uma pátria sem ódio, sem mentira e fake news, sem corrupção. E pátria amada com fraternidade”, afirmou, ao se referir a Fratelli Tutti, encíclica do papa Francisco sobre a fraternidade e a amizade social.
Sobre a aliança, o arcebispo disse que “é sinônimo de amizade, amizade pessoal, mas, o papa pede e a doutrina social da Igreja também, uma amizade social”. “Aliança significa parceria, diálogo mútuo, empatia, união e democracia”, afirmou dom Orlando, pedindo ainda que todos sejam “aliados do bem-comum” e “que nenhum brasileiro e brasileira possa caçar no lixo ossos para sobreviver”.