Há exatamente 65 anos, em 28 de outubro de 1958, o cardeal Angelo Giuseppe Roncalli foi eleito novo papa da Igreja Católica e adotaria o nome de João XXIII. Quatro anos depois, o pontífice convocaria o Concílio Vaticano II, o evento eclesial mundial mais importante do século XX.

Por esses anos, na Igreja “percebia-se certo cansaço no funcionamento das estruturas centrais de governo, devido à dificuldade de mudança geracional, sobretudo em relação ao colégio de cardeais, que tinha um número reduzido: apenas 53, a maioria muito idosos, especialmente os que eram responsáveis pelos dicastérios da Cúria Romana”, escreveu o sacerdote e historiador espanhol Vicente Cárcel Ortí.

Em um artigo publicado em 27 de outubro de 2018, no jornal do Vaticano, L'Osservatore Romano, intitulado “Algo mais que um papa de transição!”, o especialista explicou que o escasso número de cardeais se devia a que em seu pontificado de quase 20 anos, o antecessor de São João XXIII, o papa Pio XII, convocou apenas dois consistórios: um em 1946 e outro em 1953.