O Estado do Paraná legalizou a educação domiciliar, conhecida como homeschooling e vista por muitas famílias como alternativa à educação nas escolas cada vez mais marcadas pela ideologia de gênero, críticas ao cristianismo e à Igreja e politização. O governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD), sancionou na segunda-feira, 4 de outubro, a lei, de autoria do deputado estadual Márcio Pacheco (PDT) e apoiada por outros 36 parlamentares, aprovada pela Assembleia Legislativa do Paraná em 20 de setembro. Agora, a Secretária Estadual de Educação (Seed) tem o prazo de 90 dias, contados após a sanção, para regulamentar a nova lei.

Segundo o deputado Márcio Pacheco, a apresentação desse projeto de lei foi motivada após ter sido procurado por pais que adotam o homeschooling e que lhe apresentaram esta modalidade de ensino e as dificuldades enfrentadas pelas famílias. “Então, ei a ter contato com essas famílias que sofrem por não haver uma regulamentação para o ensino domiciliar. Essas famílias muitas vezes são perseguidas pelo Ministério Público, acusadas de abandono intelectual. Mas, o próprio Supremo Tribunal Federal já afirmou que o homeschooling não é inconstitucional, falta apenas a regulamentação”, disse o parlamentar à ACI Digital.

Além disso, afirmou que “temos visto casos de jovens que fazem homeschooling e não conseguem se matricular no ensino superior”. Citou, por exemplo, o caso de Elisa de Oliveira Flemer, que foi aprovada aos 17 anos em Engenharia Civil na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), mas não pôde fazer matrícula por não ter diploma do segundo grau, uma vez que adotou o ensino domiciliar.