O papa Francisco dispensou do sacerdócio Ernani Maia dos Reis, suspeito de assédio e violência sexual contra monges do mosteiro da Santíssima Trindade, em Monte Sião (MG). Ernani já havia se afastado da comunidade em 2018. As denúncias de abusos foram feitas na semana ada por reportagem do site UOL. Dias depois, o Ministério Público de Minas Gerais pediu que a Polícia Civil abra um inquérito policial para investigar o caso.

Em um comunicado publicado na sexta-feira, 1º de outubro, o arcebispo de Pouso Alegre (MG), dom José Luiz Majella Delgado, informou que Ernani Maia dos Reis “requereu, de modo expresso, a sua renúncia ao estado clerical” e que o papa Francisco o “dispensou do celibato e de todas as demais obrigações inerentes ao estado clerical e decorrentes das Sagradas Ordens”.

A nota recorda que desde 2018 Ernani está afastado da comunidade em Monte Sião, “tendo de lá mudado sua residência” e “perdeu automaticamente os direitos próprios do estado clerical e tudo quanto a este é inerente, inclusive as relativas obrigações”. Por isso, afirma que os fiéis não devem solicitar sacramentos ou sacramentais a Ernani. Atualmente, ele mora em Franca (SP), onde atua como psicanalista.