A Associação de Mães e Pais de Arautos Estudantes (AMPARE) publicou uma carta aberta ao cardeal João Braz de Aviz, prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, sobre a decisão dele de que, ao fim do ano letivo, todos os menores de idade itidos aos Arautos do Evangelho devem retornar para suas casas. No texto, os pais perguntam por que não foram ouvidos pelo cardeal e afirmam que a decisão é uma “falsa solução para um problema inexistente”.

Por meio de um decreto de 22 de junho de 2021 assinado pelo cardeal Braz de Aviz, a Santa Sé determinou que “todos os menores de idade itidos a qualquer título na Associação privada de Arautos do Evangelho ou que residam nas Casas, Colégios, Internatos da mesma Associação, ou nas Sociedades de Vida Apostólica Virgo Flos Carmeli e Regina virginum, ao final do ano letivo em curso devem voltar a viver com as suas famílias e serem confiados aos respectivos pais”. Afirma que a medida busca “prevenir qualquer situação que possa favorecer possíveis abusos de consciência” contra os menores e que a decisão foi tomada “à luz das informações recebidas pela Sé Apostólica”.

Na carta aberta ao cardeal Aviz, os pais dos Arautos estudantes afirmam que sua decisão é uma “retaliação ideológica” e que “não se restringe a normas canônicas e eclesiásticas; ela impacta diretamente contra a educação de nossos filhos, os quais ver-se-ão privados da educação integral ministrada pelos Arautos”.