O coordenador nacional do Movimento Cristão Libertação (MCL) cubano, Eduardo Cardet, qualificou de “cumplicidade com a tirania” a decisão da Alta Comissária dos Direitos Humanos da ONU, Michelle Bachelet, de excluir Cuba de sua última atualização global sobre os países que violam direitos humanos. “Continua a atuação enviesada dos mecanismos universais que devem velar por esses direitos”, queixou-se Cardet em 15 de setembro, através da conta oficial do MCL no Twitter.

O relatório de Bachelet foi apresentado na segunda-feira, 13 de setembro, na 48ª sessão do Conselho de Direitos Humanos, e não mencionou o regime comunista do presidente Miguel Díaz-Canel, apesar da resposta violenta do governo aos protestos de 11 (11J) de julho em toda Cuba.

A ONG espanhola Prisoners Defenders, que oferece ajuda legal e defende os direitos humanos, informou, em 2 de setembro, “que o número de detidos na ilha entre os dias 11 e 17 de julho, período sem obrigação de acusação penal para a detenção, foi superior a 5 mil detidos”.