“Destruíram a igreja de Mocímboa da Praia”, lamentou padre Kwiriwi Fonseca, “ali ao fundo, era onde se encontrava o altar… É muita dor, é muita dor…”. O padre Kwiriwi Fonseca, responsável pela comunicação da diocese de Pemba, em Moçambique, visitou no domingo, 29 de agosto, a região de Mocímboa da Praia, que esteve sob domínio de milicianos muçulmanos e foi retomada no início do mês. Em uma mensagem enviada à Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (ACN) Portugal, o sacerdote relatou ter encontrado um cenário de destruição.

Segundo o sacerdote, o que ele encontrou foram “imagens chocantes”, pois os terroristas “vandalizaram e destruíram tudo no edifício paroquial de Mocímboa da Praia”. A igreja era “um símbolo de amizade com os muçulmanos, um símbolo de diálogo, um símbolo de aproximação”, disse o padre.

A vila portuária de Mocímboa da Praia, na província de Cabo Delgado, foi invadida por terroristas em março de 2020, em uma ação que, posteriormente, foi reivindicada pelo Estado Islâmico. Em junho do mesmo ano, a região ou por confrontos entre as forças governamentais e grupos insurgentes. No último dia 8 de agosto, uma operação conjunta entre Moçambique e Ruanda reconquistou o controle da vila.