Por Blanca Ruiz 255k66
BILBAO, 27 de ago de 2021 às 15:08
Vídeo da diocese de Bilbao com o testemunho da irmã Mira (em espanhol).
A irmã Mira Recoleta é uma religiosa que veio das Filipinas para morar, desde 2003, na comunidade agostiniana recoleta de Lekeitio, em Bilbao, na Espanha. Ela dedica seu tempo à oração e à contemplação, mas também aos pincéis, porque tem um grande talento para a pintura.
Autodidata, ela começou a pintar aos 6 anos. Sua irmã mais velha lhe ajudou a aperfeiçoar alguns traços dos rostos. “Quando tinha lápis e papéis, costumava desenhar. Ninguém me ensinava, saía sozinho”, disse a irmã. Segundo ela, é genético, porque a avó também era pintora. Seus pais não a incentivaram a continuar e diziam que “a arte não dá sustento para viver”.
Quando estudava comércio na universidade nas Filipinas, começou a discernir se era chamada à vida religiosa, algo que ela considerou mais importante que a vocação artística. “Na universidade, eu achava que se não conseguisse ser freira, ia continuar pintando quadros. Mas Deus me chamou e me considero uma escolhida. Minha vocação está em primeiro lugar”, afirmou.
“Faço oração, trabalho, também tenho muitos cargos porque somos poucas e algumas são mais velhas. E me sinto culpada, às vezes, se não ajudo porque a pintura rouba tempo”, disse ela.
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Ao entrar no mosteiro de vida contemplativa, a irmã Mira estava disposta a abandonar os pincéis. “Uma vez meu diretor espiritual me perguntou se eu era capaz de renunciar às minhas pinturas e talentos. E sim, eu estava disposta. Mas Deus me deu este dom”, afirmou. “O talento não se pode esconder, embora eu não tenha muito tempo”, disse ela.
Entre os trabalhos cotidianos de elaboração de rosquinhas, a horta e a atenção aos mais velhos, além da oração, cada uma das freiras tem seu tempo de lazer. No seu tempo livre, a irmã Mira se dedica a pintar quadros. Alguns por encomenda, como o último que ela pintou, uma Nossa Senhora de Begonha, padroeira de Bilbao. Ela ainda não terminou o quadro, mas só falta “retocar alguns detalhes do rosto”.
“É uma maneira de me aproximar de Deus e de aproximar Deus das pessoas”, afirmou ela.
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