SAN JUAN, 18 de ago de 2021 às 13:53
Um bispo de Porto Rico reconheceu o direito dos fiéis católicos à “objeção de consciência” diante das vacinas contra a covid-19 e anunciou que sacerdotes e diáconos poderão isenções para as pessoas que as solicitem. As vacinas contra covid-19 autorizadas no mercado foram produzidas ou testadas usando células oriundas de abortos feitos nos anos 1970. A Congregação para a Doutrina da Fé (CDF) da Santa Sé autorizou o uso delas porque o aborto foi feito muito tempo atrás e não com o objetivo de produzir as vacinas. A CDF disse também que a vacinação tem que ser voluntária.
O governador de Porto Rico, Pedro Pierluisi, determinou que todos os funcionários públicos e do setor da saúde, tanto das instituições públicas como das privadas, devem estar vacinados, bem como os trabalhadores do setor hoteleiro. A vacinação também será obrigatória para os estudantes a partir dos 12 anos. Em 11 de agosto, Pierluisi estendeu a obrigatoriedade das vacinas contra a covid-19 para os trabalhadores de restaurantes e das atividades de entretenimento. O governo do Porto Rico publicou formulários de “isenção médica ou religiosa” que podem ser apresentados tanto por estudantes como por trabalhadores de instituições públicas ou privadas.
Em comunicado divulgado em 17 de agosto, dom Daniel Fernández Torres, bispo de Arecibo, em Porto Rico, afirmou que “é possível para um fiel católico ter objeção de consciência diante da pretensa obrigatoriedade da vacina contra a covid-19”.