O bispo de Paranaguá (PR) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Liturgia da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Edmar Peron, afirmou que o “ponto de partida” do motu proprio Traditionis custodes, é “a Eclesiologia e não a Liturgia”, isto é, “a aceitação do Concílio Vaticano II e a fidelidade aos bispos e ao papa”.

Com o Traditionis custodes, o papa Francisco estabeleceu restrições à missa anterior à reforma do Concílio Vaticano II e submeteu a sua celebração à aprovação de cada bispo. Na carta aos bispos em que explica sua decisão, o papa afirma que “o uso distorcido que foi feito desta faculdade é contrário às intenções que levaram a conceder a liberdade de celebrar a Missa com o Missale Romanum de 1962”. Segundo ele, há um “uso instrumental” da missa tradicional, caracterizada “por uma crescente rejeição não só da reforma litúrgica, mas do Concílio Vaticano II”.

Em artigo publicado no site da CNBB, dom Edmar Peron afirmou que, “ao publicar Traditionis custodes, Francisco tem no coração ‘promover a concórdia e a unidade da Igreja’”.