Monsenhor Jonas dos Santos Lisboa é membro do clero da istração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney, de Campos dos Goytacazes (RJ) e, há 12 anos, atua na arquidiocese de São Paulo (SP), onde celebra a missa na forma extraordinária do rito romano. Para ele, o motu proprio Traditiones custodes, do papa Francisco, que estabeleceu restrições à missa tradicional, será “um divisor de águas” e despertará mais interesse pela missa tridentina.

“Certamente este documento vai despertar ainda mais o interesse pela missa na forma antiga. O Traditionis custodes vai ser também um divisor de água. Os que querem estar em comunhão com as legítimas autoridades constituídas por Nosso Senhor na Igreja vão acatar com toda a humildade e docilidade as novas normas. Os que não aceitam a autoridade do papa na teoria ou na prática continuarão agindo à revelia, à semelhança dos que seguem a teoria do livre exame”, disse à ACI Digital.

O motu proprio de Francisco revoga a permissão que Bento XVI havia concedido, por meio da carta apostólica Summorum pontificum, para que todos os sacerdotes pudessem rezar a missa segundo o Missal Romano de 1962. A partir de agora, cabe ao bispo autorizar o uso da missa tradicional em sua diocese. Além disso, o bispo deve indicar um ou mais lugares onde se pode usar a liturgia na forma extraordinária, “mas não em igrejas paroquiais e sem erigir novas paróquias pessoais”.