CAMAGÜEI, 15 de jul de 2021 às 10:16
O seminarista Rafael Cruz Dévora, de 26 anos, está preso em Cuba desde a madrugada de segunda-feira, 12 de julho, quando foi tirado da casa de seus pais, na cidade de Matanzas, onde estava ando férias. Cruz foi preso por ter participado de uma das manifestações que eclodiram em várias cidades do país no dia 11 de julho pedindo liberdade, o fim da ditadura e mudanças para tirar o país da crise em que se encontra, agravada pela pandemia. Foi a maior manifestação no país desde que Fidel Castro tomou o poder em 1959.
O padre Rolando Montes de Oca, da arquidiocese de Camagüey, informou à ACI Prensa que o seminarista “continua preso” em Unión de Reyes, município da província de Matanzas, no oeste de Cuba. Ele disse que as autoridades “deixaram que a família levasse roupa para ele, embora não pudessem vê-lo”.
“Esse rapaz só ficou 15 minutos, no máximo 20, na manifestação, pedido às pessoas que se entendessem e às autoridades que não reprimissem com golpes, que respeitassem o direito à manifestação. Foi a única coisa que ele fez, mas ele está preso por isso. Foi detido violentamente, uma detenção muito violenta, na casa dos pais, durante madrugada”, disse o padre Montes de Oca.