REDAÇÃO CENTRAL, 12 de jul de 2021 às 07:00
5n3b3u
“Nas famílias sempre, sempre há cruz, sempre. Porque o amor de Deus, o Filho de Deus, abriu-nos também esse caminho. Mas nas famílias também depois da Cruz há Ressurreição”, assinalou o Papa Francisco durante o Encontro Mundial das Famílias - Filadélfia 2015.
Uma família cuja vida foi profundamente marcada pela Cruz foi a de Santa Teresinha do Menino Jesus e dos seus pais, Santos Zélia e Luís Martin.
Eles tornaram as dores e as tribulações um caminho de santidade.
A seguir, apresentamos sete dores que marcaram a família de Santa Teresinha do Menino Jesus, as quais podem ajudar e dar esperança às pessoas que estão ando por situações semelhantes:
1. Extrema exigência
Luís e Zélia eram filhos de pais militares, cristãos com uma fé viva.
Entretanto, Zélia foi criada com muita rudeza, autoritarismo e exigência. Dizem que a sua mãe era uma mulher de muito mau caráter.
Por isso, em uma das suas cartas, a santa afirmou que a sua infância e juventude foram tristes "como um sudário" e que sua mãe "era muito severa; era muito boa, mas não sabia dar-me carinho, então eu sofri muito".
2. Recusados para a vida religiosa
Zélia estudou no colégio interno das religiosas da Adoração perpétua e Luís com os Irmãos das Escolas Cristãs (La Salle). Durante sua juventude e antes de se conhecerem, Maria Zélia queria levar uma vida religiosa no mosteiro das Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo, enquanto Luís Martin sentia o mesmo desejo de dedicar sua vida a Deus e foi para o mosteiro do Grande São Bernardo. Mas nenhum dos dois foi aceito.
Luís trabalhou como relojoeiro e Zélia se tornou uma famosa empresária com o “ponto de Alençon”, uma famosa renda da época.
Em uma ocasião, ambos atravessaram a rua e Zélia ficou impressionada ao ver um jovem de fisionomia nobre, semblante reservado e boas maneiras. Ela sentiu uma voz dizendo: "Este é o homem predestinado para você". Eles se conheceram, começaram a namorar e três meses depois de seu primeiro encontro se casaram.
3. A perda dos filhos
Luís e Zélia tiveram nove filhos, mas sofreram a morte prematura de quatro.
Entre as cinco filhas que sobreviveram estavam Santa Teresinha do Menino Jesus e Leônia, cujo processo de beatificação foi aberto em 2015.
4. Câncer
Receba as principais de ACI Digital por WhatsApp e Telegram y3i42
Está cada vez mais difícil ver notícias católicas nas redes sociais. Inscreva-se hoje mesmo em nossos canais gratuitos:
Aos 45 anos, Zélia descobriu que tinha um tumor no seio e viveu a sua doença com muita esperança cristã até sua morte em 1877.
Após a morte de sua esposa, Luís se viu sozinho para seguir cuidando da sua família. Mudou-se para Lisieux, onde morava o irmão de Zélia; deste modo, a tia Celina pôde cuidar das filhas. Alguns anos depois, as cinco se tornaram religiosas, quatro no Carmelo e uma na Visitação.
5. Holocausto para Deus
Luís tinha uma doença que estava o prejudicando ao ponto de perder as suas faculdades mentais. Foi internado no sanatório do Bom Salvador em Caen.
Mais em 4h2f4e
Igreja na África do Sul deve unir as pessoas para superar divisões raciais, diz cardeal
6i3849
Ler o artigo
Às vezes, tinha momentos de alívio e se ofereceu como vítima de holocausto a Deus. Faleceu em julho de 1894.
6. Caminho de solidão
Santa Teresinha sofreu muito com a morte da sua mãe e escolheu a sua irmã Paulina como a sua segunda mãe. Depois, Paulina entrou no Carmelo e a pequena Teresa ficou gravemente doente com sintomas de regressão infantil, alucinações e até anorexia.
Em 13 de maio de 1883, depois de vários novenários de Missas e orações, uma imagem da Virgem Maria sorriu para Teresa e ela imediatamente ficou curada.
Assine aqui a nossa newsletter diária 331j6l
A santa também sofreu pela doença de seu amado pai, que a chamava de "sua pequena rainha".
7. Firmes diante das adversidades
Em seu livro “História de uma Alma”, Santa Teresinha escreveu o seguinte sobre seus pais: “Tenho a felicidade de pertencer a pais inigualáveis que nos cercaram dos mesmos cuidados e do mesmo carinho... Sem dúvida, Jesus, em seu amor, quis fazer-me conhecer a mãe incomparável que me dera, mas que sua mão divina tinha pressa de coroar no céu... Minhas primeiras recordações estão repletas dos mais ternos sorrisos e carícias... Eu amava muito papai e mamãe, e lhes demonstrava meu carinho de mil maneiras”.
“Nosso Pai querido beberia na mais amarga e mais humilhante de todas as taças... Em 29 de julho do ano ado, rompendo os laços do seu incomparável servo e chamando-o para a recompensa eterna” (Tirado do livro “História de uma Alma”).
Confira também: